Respect, just a little bit

5 de April de 2009

Respeito: eis aí um sentimento que poderia ter tantos seguidores quanto a banda Jonas Brothers. Mas, bem ao contrário, é um ítem em falta no mercado. No final do mês passado, começou uma onda de notícias sobre agressões e atitudes mal educadas de alunos aos seus professores. O que desencadeou a polêmica foi uma professora que teve traumatismo craniano ao apanhar de uma aluna na minha cidade, em Porto Alegre.

Professores são aqueles que irão nos guiar através de livros, fórmulas, exercícios e testes. Eles não inventaram nada daquilo, eles não tem culpa se a soma dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa, eles não forçaram a ditadura a acontecer, nem criaram abalos sísmicos ou leis de Newton. Mesmo assim, eles fazem questão de toda manhã acordar e ir explicar tudo isso para um bando de gente que desconhece esses fatos. Eles te dão ferramentas e ideias para você formar suas opiniões, sua personalidade, sua cabeça, seu conhecimento – a famosa bagagem, que muitos fazem questão de despachar imeadiatamente que recebem.

O que acontece é que muitos alunos não vêem seus professores como alguém que quer ajudar, e sim como um autoritário, velho rabugento, uma figura que se for séria não pode ser alguém legal. Professores são, acima de tudo, mestres. E os mestres existem em todas as etapas da nossa vida, porque nunca vamos saber tudo. Vamos sempre precisar de ajuda, de conselhos, de informações. Seremos sempre alunos, aprendendo a viver. Passando por bons e maus professores. Tentando extrair o melhor de cada aula.

Se você não respeitar seus professores, as pessoas que, tanto quanto os seus pais, estão ali para te dar aquele empurrãozinho para não ter que começar sua vida de adulto sozinho, você não vai respeitar ninguém. E, pior ainda, terá escolhido ser um ignorante, que jamais será respeitado também.

Foto da minha formatura, eu recebendo o grau de René Goellner. Um mestre.

E a mãe, vai bem?

4 de April de 2009

Tem dias que eu penso seriamente em finalmente encarnar o espírito de porco que tanto teima em pairar sobre a minha cabeça e dar respostas extremamente mentirosas e bizarras a meu respeito.

E aí, como anda o namoro?
Ah, aquele? Acabou.. pois é.. mas tudo bem. Encontrei um cara muito legal e estamos vivendo num trailer, junto com um pessoal do circo onde ele trabalha. Só seria mais legal se ele pudesse tirar as pernas-de-pau pra dormir.

Como vai a vida de formada?
Tá ótima! Larguei a Publicidade, aquilo é coisa de maluco! No momento tô focada na minha banda de instrumentos imaginários. Eu solo no pirulito, tem o Marcinho na vassoura e o Jorge tá tentando tirar um som legal com as agulhas de crochê.

Porque às vezes as pessoas perguntam demais. Ou você simplesmente está num good bitch day.

Me dá um T! Me dá um P! Me dá um M! Adivinhem que dia é hoje? hahaha

Heróis do dia-a-dia

1 de April de 2009

Na minha opinião, heróis não são guerreiros, não tem super poderes e não são somente aquelas pessoas admiráveis. Heróis são, simplesmente, aqueles que salvam pessoas.

Lembro que minha primeira heroína foi Elvira, a Rainha das Trevas. Eu tinha uns 8 anos e recém havia colocado aparelho nos dentes. Tava apertadíssimo, doendo muito, e Elvira me salvou me distraindo com 98 minutos de diversão cinematográfica, incluindo a dança dos peitos. Obrigada, Elvira!

Acho que muitos heróis internacionais não são reconhecidos pelo seu verdadeiro valor de salvação. O inventor da Paciência, por exemplo. Não, não falo da virtude. Falo do joguinho de cartas que acompanha o Windows desde sua primeira versão e que, com certeza, já salvou muita gente do tédio. E o que dizer do Sr. Lamen? Multidões de estudantes, mães apressadas e péssimos cozinheiros no mundo todo já foram salvas da fome e da miséria graças à essa humilde massinha. Miojo é herói! E o mesmo podemos dizer dos criadores de Poxipol, Palitos Gina, fita crepe e band-aid. Todos heróis, cada um da sua forma, nos salvando de pequenos pepinos do nosso dia-a-dia. E, diga-se de passagem, muito mais dignos do que muitos heróis convencionados por aí…