Síndrome da Lógica Errada Repetitiva

6 de February de 2009

Funciona mais ou menos assim:

Meu cérebro insiste em percorrer sempre o mesmo caminho errado, mesmo já tendo batido de cara no muro (plim plim, oi Faustão!) antes. É como ter uma memória de peixinho ou de hamster e sempre se surpreender com as mesmas coisas. Também chamado de Alzheimer.

Não sei se acontece com vocês, mas eu tenho várias situações assim no meu dia-a-dia. E esse post surgiu da minha raiva pela última lógica errada que eu adquiri. Estou usando outro computador aqui na praia, que não é meu, e o teclado dele é diferente. No lugar da tecla “print screen” existe algo malígno chamado “power”. Sim, power. A tecla que pode foder com qualquer coisa que você estiver fazendo e desligar o PC. Acho que já imaginam o que acontece. Quando vejo, sou questionada se pretendo salvar minhas abas antes de fechar o Firefox. “Peraí, mas por quê eu iria… oh shit”. Multiplique esta reação por quatro. Quando vejo, estou sendo enganada de novo, esperando meu ingênuo print screen enquanto desligo abruptamente o computador. E isso acontece sempre. Sempre.

Também já cansei de querer abrir o Internet Explorer (não façam isso em casa, crianças: IE é bobo!) e clicar no ícone do Photoshop. Só me dou conta do erro depois de ver penas gigantes na tela travada por horas.

Uma vez eu tava em SC e meu namorado começou a cantarolar um pedaço de uma música do Jorge Ben Jor. Não sei porque diabos, minha primeira lógica errada era de que parecia a introdução de um desses animes que eu não conseguia lembrar qual.

– Que música é essa, amor?
– Hermes Trimegistro…

Parece OK. Mas eu repeti essa pergunta pelo menos umas 5 vezes. No mesmo dia. Parece doença.

Sinistro.


PS: é, eu adoro esse símbolos de “check” e “proibido” hihi sol sapeks

O segredo do sucesso

4 de February de 2009

Esqueça Roberto Shinyashiki. Esqueça “O Segredo”. É este post que vai mudar a sua vida.

Digamos que eu tenha uma certa experiência em não ser aprovada em entrevistas e dinâmicas em grupo, então sei exatamente do que estou falando. Eu conheço as manhas dos vencedores. Eu apenas não quero ser idiota como eles. Mas sempre tem quem queira, então vamos lá!

A primeira coisa é prestar atenção na sua forma de vestir. Jamais use as roupas que você esteja acostumado. Use aquilo que achar que é o padrão para aquela vaga. Lembre-se: para muitos, roupa não significa personalidade, é apenas um jeito de não deixar você trabalhar a vontade, ou seja, nu.

Outra coisa muito valorizada é a sua experiência no exterior. É fundamental, eu diria. O quê exatamente você fez lá, não importa. Nem se preocupe com isso. Tenha orgulho de ter passado alguns meses matando cachorro a grito dentro de uma fantasia de rato gigante com luvas brancas num grande parque temático dos Estados Unidos pra não ter que dar o coo na praça. Ou qualquer outra coisa que, aqui no Brasil, você cuspiria na cara de quem te oferecesse. Claro, aqui não pode, é humilhação. Mas pisou fora do território nacional, já é experiência de vida. Lembre-se: você suou e amadureceu muito abanando pra crianças e fazendo o Mickey na Disney, e agora não é qualquer formado querendo crescer na vida que vai tirar a sua vaga. Força nas orelhas!

Por fim, dê uma voltinha pelo Orkut e decore frases de efeito, que demonstrem toda a sua personalidade em poucas palavras e as tenha como lema de vida. Exemplos: “críticas não me abalam, elogios não me elevam, sou o que sou não o que dizem“, “sua inveja só aumenta meu sucesso” ou ainda frase estilo vídeo de Big Brother: “sou uma pessoa guerreira e quando quero uma coisa, eu vou atrás até conseguir”.

Semi baseado em fatos reais.

É. Tô procurando emprego. E sem a mínima vontade de fazer entrevistas.

Revoltz.

O dia em que eu quase virei lésbica

13 de January de 2009

Daí eu fui toda felizona fazer um teste que mede o seu nível de masculinidade e feminilidade no corpitcho. O negócio funciona mais ou menos assim: quanto mais perto de zero, maior seu nível cabra macho; quanto mais longe de 180 pontos, mais meninota. Eu sei, quase todo mundo sabe da inutilidade desses tipos de testes, mas mesmo assim ficam esfregando seu nível de QI na cara dos outros e usando avatar no MSN do resultado que deu no teste “Qual personagem de videogame alcoólatra, homossexual e japonês você é?”.

A questão toda é: meu teste deu 40 pontos. Eu sou um homenzinho de saias. It’s a boy! É isso aí, já diria minha amiga Ana Carolina, que deve ter tido um resultado semelhante. Tudo bem que, pelos critérios do teste, mulheres devem ser bobas, sensíveis e atrapalhadas, enquanto homens são racionais, frios e calculistas. Mas vamos recapitular…

1 – eu nunca gostei de bonecas;
2 – jogava futebol de latinha de refri no recreio do colégio;
3 – eu era a única menina a beber cerveja e jogar nas noites boêmias de poker com os guris;
4 – eu odiei saias e vestidos durante muito tempo da minha vida, e até hoje só consigo me sentir bem usando isso na praia ou em alguma situação especial;
5 – meu pai sempre me chamou de pipi (?!);
6 – me irrito horrores com mulheres;
7 – cozinha é um lugar obscuro pra mim, e, na minha cabeça, roupas se lavam sozinhas;
8 – sempre me chamaram pra abrir latas de pepino e levar as compras mais pesadas;

Cheguei a comentar com meu namorado que, perto de mim, ele é quase uma flor. Fiquei indignada por ter alma de homem mas ter que depilar e mestruar. Repassei as atrizes mais gatinhas. Daí eu refiz o teste e deu 310 pontos. Esqueça tudo o que leu até aqui. I’m every woman, it’s all in meeee

A teoria sobre os dinossauros

10 de January de 2009

É, eu tenho uma teoria antiga. Ela foi baseada em nada cientificamente comprovado e não vai nos levar a lugar algum, mas ainda assim é uma teoria.

A teoria dos dinossauros. Num verão, eu e uma grande amiga minha viramos a noite conversando sobre assuntos aleatórios, que iniciaram com o sorvete de cereja da Gelfs, passaram pelo Telecurso 2000 e só acabaram quando começou o Mais Você.

Conversamos sobre acreditar que há vida em outros planetas, e que ela não necessariamente precisa ser algo próximo dos homens. Afinal, por quê a gente sempre pensa e vê representado o ET com dois braços, duas pernas e apenas algumas diferenças no formato da cabeça, cor de pele e olhos? Um ser extraterrestre poderia muito bem ser uma simples lagartixa, uma lhama ou – por quê não – um dinossauro?

Pensando que dinossauros poderiam ser ET’s, seguimos com a história de que eles poderiam ter vindo para a Terra (como, eu ainda não sei, mas isso é apenas um detalhe, ok?) e ficado aqui por algum tempo. Porém, com as alterações climáticas do nosso planeta e com suas evoluções, os dinossauros não resistiram e acabaram extintos.

Então aquelas coisas medonhas, enormes e bizarras seriam apenas seres extraterrestres que não se adaptaram ao nosso planeta. Uhum… faz sentido sim, eu sei que faz. E a Mallu Magalhães provavelmente concorda comigo.

É, é isso!

Critiquem! Me idolatrem! Sue me, Família Dinossauro!

Mal de parkinson depilatório

7 de January de 2009

Eu já falei sobre depilação aqui, e continuo me depilando com cera com a mesma pessoa. Porém, ah porém, às vezes surgem aqueles imprevistos. Um convite inesperado para uma piscina, e você tá lá, beirando o chewbacca. Bate aquele leve desespero, e o que acontece? Um buraco luminoso abre no céu e aparece uma gilette flutuante com raios dourados na sua frente. É o milagre da vida, o fim dos pêlos. Oremos para Santa Lisa de Deus.

Tudo seria uma boa saída se eu não tivesse um pequeno problema de coordenação motora com as minhas mãos. Talvez seja por excesso de culpa, já que todos sabemos que usar a gilette é algo feio, bobo e recriminado pela Igreja Católica, pois mutila os pêlos ao invés de retirá-los pela raíz. Então, acontece o temido: eu sempre me corto. Sempre. Ou é na parte da frente da canela, ou do lado no tornozelo. Aí eu descubro que aquela luz que abriu não era do céu e sim do inferno, porque nunca é um simples corte. Não, é sempre algo que nunca mais pára de sangrar. Mas isso acontece na primeira perna e eu ainda tenho a outra (e agradeço por isso, mas…) pra depilar, dando início à difícil tarefa de conter o jorro incrível de sangue de um lado enquanto depilo o outro.

Quando acabo, saio do banheiro para o quarto, deixando um rastro de sangue tipo soldado voltando da guerra. Se alguém perguntar o que houve, não gosto de admitir que sofro de mal de parkinson depilatório e respondo “nada”, o que só agrava a situação. E menos de cinco minutos, mais de 10 pessoas estão batendo na porta e tem uma sirene de ambulância no portão. Eu continuo sangrando por horas, e então resolvo que o melhor a fazer é simplesmente vestir uma calça para sempre e jamais me relacionar com alguém que tenha piscina em casa.

Ok, pode não ser bem assim, vai… mas é incrível como sangra aquele porcaria de corte.