O segundo trimestre

16 de April de 2014
19 semanas

19 semanas

No segundo trimestre, finalmente eu ganhei uma barriguinha. Já me sentia mais a vontade nas filas preferenciais, sem parecer que eu era uma aproveitadora. Além disso, grávida pode usar qualquer roupa. É o único momento na vida de uma mulher em que uma blusa ou vestido marcando sua barriga não importa, e todos ainda elogiam!

Ao contrário do que eu pensava, acabei gostando da barriga e – pasmem – das pessoas pedindo pra tocar nela. Principalmente depois que o bebê começou a mexer, eu queria compartilhar ao máximo a sensação de sentir a movimentação dele e achava demais a reação das pessoas mais próximas sentindo os chutes e pontapés. Primeira mordida de língua sobre a gravidez: check!

Voltando às filas preferenciais, descobri que elas são puro bullshit. Como eu nunca tinha me dado conta? Imagine uma fila para idosos. Essa fila não pode ser rápida, muito menos mais rápida do que outras filas. Idosos que pagam com moedinhas, que demoram para encontrar essas moedinhas na bolsa, que erram na hora de pagar com essas moedinhas e que passam os produtos de maneira muito, muito lenta. Eu passei um bom tempo nas tais filas preferenciais, de banco à supermercado, e concluí que nelas eu ganho a preferência de começar a esperar.

No quarto mês nós fizemos a ecografia onde descobrimos o sexo do bebê. Um menino, para meu desespero! Sim, porque até então eu achava que era menina e nós tínhamos um nome escolhido. Já para menino, todas as nossas opções eram caóticas: o que eu gostava, o Rafa odiava; e vice-versa. Além de eu ter ficado super frustrada que minha “intuição de mãe” falhou.

Aí veio a saga do nome. Rafael queria Humberto, em homenagem ao Humberto Gessinger. Olha, eu aprovaria se fosse Gessinger, mas Humberto não dava. Nada contra os Humbertos desse mundo, mas eu tenho uma implicância com a letra H e queria um nome mais curto. O meu H também é muito feio e eu não admito escrever o nome do meu filho com letra feia. Sim, meus argumentos eram super fortes e consegui, assim, tirar esse nome da lista de opções. O difícil de escolher nome é que todos que você pensa ficam atrelados à personalidade das pessoas que você conhece com aquele nome. Ou seja, além de encontrar um nome que agradasse os dois pais, tinha que ser algo diferente a ponto de não conhecermos ninguém com aquele nome. E assim surgiu: Inacio!

Foi nesse trimestre também que o Rafa começou uma imersão no mundo dos partos – enquanto eu nem queria ver foto de cordão umbilical. Ele me convenceu a assistir um documentário chamado The Business of Being Born, e esse seria o separador de águas da minha gravidez, quando decidi que meu parto seria natural e humanizado. Mas isso é assunto para outro post! :)

O segundo trimestre é o mais tranquilo e não foi diferente pra mim. Eu segui sem sintomas chatos, mas passar aspirador na casa foi ficando um pouco mais cansativo. Mesmo assim, foi especial por todos os acontecimentos acima. No próximo post conto como foram os três meses a seguir, a finaleira da gestação no verão mais quente que Porto Alegre viu nos últimos 100 anos.

25 semanas

25 semanas

Os primeiros 3 meses

19 de September de 2013

3 meses

E foram-se os 3 primeiros meses de gravidez. Aqueles que julgam serem os mais chatos, os mais sintomáticos, os mais blé. Porém, eu não tive a maioria dos sintomas clássicos, sabe? Aqueles que a gente vê em novela e já se liga “essa louca tá grávida”. Eu tive enjôos, por exemplo, apenas duas vezes. E as duas vezes eu acredito seriamente que não tinham nada a ver com o bebê, e sim com a mãe de alma gordinha: da primeira vez desconfio que tenha sido uma barra de Milka 300g devorada em apenas 2 dias, na outra foi uma invenção de congelar hamburguinhos de soja que não acabou nada bem.

Eu tive, sim, nojentices passageiras. Acordava um dia e pensava “meu deus, por que alguém come cenoura? parece tão nojento!”, assim, sem motivos. Os mimimi de comida me fizeram implicar com vários alimentos totalmente aleatórios, sem nenhum argumento. Julguei o ovo, a cenoura, as comidas quentes, as frituras, as massas. Enfim, a maçã se salvou e taí uma coisa que eu poderia passar a vida toda comendo. Mas não a porosa.. e nem a verde. Eca!

A expectativa de ver a tal barriga era – e continua sendo – grande, mas nos primeiros meses a minha mal cresceu. Embora algumas pessoas – querendo muito acreditar – viessem me dizer “olha só essa barriguinha já querendo despontar”, eu pensava silenciosamente que não, meu bem, isso chama-se lordose + fondue da semana passada, não é bebê coisa nenhuma. Mas, né? Ninguém mais me dá oi. Dão oi pra tal barriga de batata frita.

Aliás, eu sou uma pessoa que não teve surto em saber que vou ser responsável por um ser, criar uma pessoa e formar seu caráter, mas sim em saber que minha barriga viraria pública. Todo mundo quer ver, passar a mão e, começa o pavor, DESENHAR nela. Gente, é sério. Eu me arrepio toda só de pensar em chá de fraldas, por causa dos malditos desenhos com batom bagaceiro das tias. Não é porque não sabem comprar pelo catálogo das revistinhas que vão lambuzar minha barriga com um monte de Natura usado, né? E cadê sertralina pra passar por isso? Grávida nem tem essas regalias, tem que matar no peito ou quebrar uns pratos.

Um sintoma que eu tive também foi o tal do olfato aguçado. Até parece legal, tipo um super poder, mas na real não serve pra nada. Ah não ser que comecem a treinar grávidas como pastor alemão, para trabalhar no aeroporto e com policiais. Acabou o tráfico, daí.

Fora os sintomas, as sensações do primeiro trimestre são bem confusas. É algo tipo “dizem que eu estou grávida”, mas juro que nada parece ter mudado em mim, tirando o fato de que eu virei uma pessoa chata que tem que comer bem, se exercitar e não pode beber nada alcoolico. Virei atleta olímpica ou entrei na terceira idade? Nenhum, tô grávida. Dizem.

A falta de interação com o bebê também não contribui pra ficha cair. É como se ele tivesse redes sociais, mas nunca tá online em nada. Aí de vez em quando fazemos umas video(eco)conferências, mas o microfone dele tá estragado e, enfim… carinha difícil esse. Nem foto de perfil tem! :( Espero que seja gato.

Mas é isso! Ainda temos vários meses pela frente, e a cada um deles novas descobertas, rabugices e algumas certezas: o amor cresce, a barriga também, e eu continuo sem poder beber Piña Colada.

Meu querido diário…

18 de September de 2013

Dizer que ando relapsa e pedir desculpas já é costumeiro, eu sei. Nossas idas e vindas estão ficando mais repetitivas do que as da Selena Gomez com o Justin Bieber. Mas a verdade é que meu blog é meu querido diário. Talvez não naquele formato tradicional, de contar como foi o dia, mas sim de ser o lugar onde documento meus pensamentos, os acontecimentos da minha vida, guardar idéias que passaram pela minha cabeça num determinado momento e deixar elas ali, num histórico. Talvez por isso eu tenha tantos obstáculos mentais em escrever cada post, tenho medo de “sujar” meu sagrado histórico que eu construí com tanto carinho com textos que perderam o sentido, não foram escritos “no calor do momento” ou são apenas para constar como uma atualização.

É bacana ter um histórico da vida assim, e eu não me importo que seja aberto. Nunca fiz amigos bebendo leite, mas veja só: fiz amigos criando um blog! E é por isso que eu não posso deixar de compartilhar e documentar aqui um momento super especial da minha vida: eu e o Rafa estamos esperando um babyberry para o ano que vem! Pensem numa pessoa ansiosa e feliz! :)

E ontem ainda fizemos a descoberta: é um menino! YAY!

Espero voltar de vez ao blog, pois não tem como deixar passar em branco essa fase e tenho me inspirado a dividir novamente a vida, com muitas aventuras e alegrias. Agora vai? o/

FAO Schwarz – Nova York

2 de June de 2013

Já nos primeiros dias, passeando por Manhattan, encontramos uma loja de brinquedos gigantesca, a FAO Schwarz. Como resistir? São 3 andares enormes e cheeeeios de tudo quanto era tipo de coisa para crianças – er… e alguns adultos alegres também hehe No primeiro andar, todas as espécies de animais em pelúcia, inclusive versões tão grandes que eram quase o tamanho real dos bichos. Logo adiante, a área FAO Schweetz, uma espécie de Candy Bar da loja, com um buffet enorme de balas, chocolates, chicletes e marshmallows.

No segundo andar, carrinhos, bonecas, Lego, Monster High, Barbies, kits de mágica, fantasias, reborn babies, action figures. Sério, parece interminável! Eu me perdi do Rafa umas duas vezes.

Essa loja fez parte da minha infância e eu nem sabia! É a loja que aparece no filme Big – Quero Ser Grande, com Tom Hanks, em que ele e o ator Robert Loggia, que interpreta o dono de uma rede de lojas de brinquedos, tocam Heart and Soul e Chopsticks (o Bife ou “a música do Danoninho” hahaha) num piano gigante. Gente, é impossível não se empolgar com essa cena!

Por ser muito grande e numa área bem badalada de Nova York, várias celebridades já apareceram pela loja comprando brinquedos pros seus filhotes.

Celebridades e seus bebês @ FAO

Pra quem também é uma eterna criança serelepe presa num corpo de adulto (ok, ou tem filhos, sobrinhos e irmãos pequenos), vale a pena passar por lá. Principalmente se for um dia chuvoso, pois lá dentro as horas voam!

ONDE FICA?
Número 767 na 5th Avenue em New York, NY (horário de funcionamento das 10 às 19h)

1ª vez no Airbnb

27 de May de 2013

Site Airbnb

Depois de comprar as passagens para Nova Iorque, dois meses antes da viagem, eu e o Rafa começamos a procurar alguns lugares para ficar. Como íamos ficar 20 dias, hotel nem pensar, pois seria muito caro. Hostel era uma opção, mas mesmo assim, ter um mínimo de privacidade implica em ficar em um quarto separado, e muitas vezes não sai tão em conta quanto parece. Decidimos experimentar os serviços de um site que acompanhamos há algum tempo, o Airbnb. Vocês conhecem?

É um site que faz o meio de campo entre quem quer ganhar um dinheiro alugando e quem quer economizar com estadia. Tem opção para todos os bolsos: você pode alugar uma casa, um apartamento, um quarto individual ou ainda compartilhar um quarto com outro viajante.

A busca é super fácil de usar e com várias opções, os perfis dos usuários são bem completos e tem comentários e notas sobre localização, limpeza, conforto, etc. Vale a pena você ter um perfil com o máximo de informações também, afinal, é preciso passar confiança.

Nós escolhemos um apartamento no Brooklyn, um dos 5 distritos da cidade de NY. Ele é um “bairro” com 2.504.700 habitantes, ou seja, quase o dobro de gente que tem em Porto Alegre em metade do espaço. Apesar de muitos filmes e piadas fazerem referência ao Brooklyn como um bairro de negros, aqui tem uma diversidade cultural bem grande, e principalmente muitos latinos e judeus. Mas o Brooklyn vai ter um post todinho só dele, então vamos falar do apê!

A nossa anfitriã é a Bethany, uma fotógrafa, produtora e professora de roteiro e produção na Brooklyn College. O apartamento dela é bem espaçoso e tem uma localização ótima, numa zona segura e a uma quadra da estação onde pegamos a linha F do metrô para ir pra Manhattan (que dá uma meia hora de distância). Aqui na frente tem um posto com loja de conveniência 24hrs, que já quebrou vários galhos como papel higiênico, remédio pra gripe, café da manhã às pressas e desejos repetinos de Häagen-Dazs. ;)

Por conta do 66º Festival de Cinema de Cannes, a Bethany viajou por duas semanas e nós ficamos sozinhos no apartamento. Bem, sozinhos não, porque tem um outro morador bem charmoso por aqui que ficou aos nossos cuidados.

Bello, o norte americano mais gato que conheci

Bello, o norte-americano mais gato que conheci

No geral, foi uma ótima experiência que pretendemos repetir por outros lugares, em outras viagens. Quem sabe ainda testar o outro lado, de ter alguém no nosso apê por uns dias? Deve ser bem legal também! O mais bacana é que dividindo a casa com outra pessoa, você acaba aprendendo mais, tem alguém para pedir ajuda, dicas, conversar e trocar experiências.

E vocês, já fizeram algo assim? Tem vontade?

Para quem quiser saber mais sobre o Airbnb, acessa aqui!