Voltemos no tempo e olhemos para uma garotinha de 12 anos que jamais pensaria em casar, muito menos ter filhos, imaginando-se uma poderosa executiva que dedicaria todo o seu tempo para os negócios e os futuros problemas de coração que o stress e o trabalho lhe acometeriam. Sim, eu era essa pessoinha amarga que achava que bastava a ganância e o dinheiro para ser feliz. Porém, muitas coisas aconteceram e eu passei a ser uma pessoa que agora sonha com quais docinhos escolher pro buffet do casamento, qual das minhas amigas será a dama de honra, filhos pra vestir, ceia de Natal farta e feliz ao som de Jingle Bells Rock, mãozinhas pro ar e todos vendo o show do Roberto Carlos de final de ano… er… acho que deu pra entender a transformação, né? Enfim, eu virei gentem como a gente.
Porém, desconfio que as coisas estão saindo um pouco do controle, uma vez que há algumas semanas eu quase comprei um vestido de noiva. Pois é, tudo começou com uma revista de produtora de eventos largada numa cafeteria e que eu peguei pra folhear enquanto o André foi no caixa. Eram muitas empresas que pareciam de alta qualidade e bom atendimento, com sugestões de buffet, decoração, vestidos, maquiagem, presentes pros noivos, cabelos, lembrancinhas… :shock: O André jamais poderia imaginar que o tempo de pedir um capuccino seria o tempo em que todo nosso casamento seria planejado.
Imaginei o casamento num lugar ao ar livre, mais ou menos 200 convidados (entre eles Paul McCartney, que mais tarde cantará a capela e emocionará todas as velhinhas de plantão – afinal, estou imaginando) e a festa numa cobertura ampla e iluminadíssima tendo como cenário toda a cidade de Porto Alegre. Não, de SP. Ah, foda-se, Nova York. No buquet lírios brancos e a música de entrada poderia ser uma cópia exata da cena musical mais fofa de Simplesmente Amor. Pela revista, já escolhi qual empresa ficaria encarregada do bolo e docinhos, ensaiei discar os número do meu cabelereiro pra perguntar se ele estaria livre durante qualquer dia de 2009. Depois pensei em abolir tudo isso e fazer o casamento judeu, porque parece ser muito mais divertido ser levantada numa cadeirinha, dançar musiquinhas típicas em roda e beber vinho. Pena que ninguém da família é judeu.
O André voltou com o capuccino, reclamou alguma coisa do atendimento e eu achei melhor não comentar nada e esquecer o assunto. E realmente esqueci. Até semana passada eu passar por uma loja de vestidos de festas e ver um vestidinho branco de renda, super simples, que combinaria perfeitamente com qualquer cerimônia. *___* Perguntei quanto era, comentei com a melhor amiga, contei pra minha mãe. “Bruna, até lá o vestido vai amarelar” foi o suficiente pra me desanimar. Aí eu resolvi ir pra casa comer bolinho com Nescau e jogar Wii.
Esse é um maker de noiva que a Lia postou no blog dela faz um tempinho, mas eu vou usar a minha belíssima criação apenas para ilustrar o post. Clique na imagem e faça a sua noiva também!