WAP – O meu pior pesadelo

15 de March de 2009

Morte? Baleia branca? Chuck, o boneco assassino? Guerra nuclear? Não, meus amiguinhos, o nome do meu maior e pior pesadelo chama-se WAP. Uma tecla maldita que eu nunca entendi direito como usa, e nem faço a mínima questão de saber, mas sei que tem a ver com internet e gastos na conta, e isso já é o suficiente.

Aí vocês vem com um alá, a piá não aceita bem a evolução tecnológica mimimi, mas não é bem assim. Como se não bastasse essa coisa demoníaca simplesmente existir e me deixar pensando que uso apenas 30% das funcionalidades do meu celular, ela ainda tá ali, como um dos atalhos mais fáceis do teclado do meu celular, pronta pra ser apertada por engano a qualquer momento dentro da minha bolsa quando pressionada contra minha piranha de Hello Kitty num dia que eu ironicamente esqueci de bloquear as teclas e fazer minha conta ir a milhões de reais ou marcar uma hora num salão errado. Sendo que, opa, isso eu já fiz e não foi culpa do celular.. :roll:

Com esse pensamento fixo e limitado, faço de tudo para nunca, jamais apertar a amaldiçoada tecla. Devido a minha falta de intimidade com o aparelho telefônico móvel, é comum eu tentar chegar num contato da agenda telefônica e apertar ali sem querer. Ver aquele mundinho girando é pior do que ver uma barata subindo na sua perna: dá pânico.

Não sei o que acontece. Acho que já comentei por aqui o meu desafeto com a palavra telefone. Eu não gosto de ligar, eu me emburro pra atender, não consigo fazer duas coisas ao mesmo tempo e também não consigo ficar só falando ao telefone porque é tédio total. Sabe, será que não dá pra voltar praquela moda de que celular era só ligar, discar e desligar? Super inofensivo e muito mais objetivo.

Confusão em dose dupla

6 de December de 2008

Não, isso não é o nome de nenhum filme da Sessão da Tarde. Essa foi a minha tarde de sábado. Eu juro que só pensei em fazer as unhas, mas quase destruí famílias. Foi assim… *efeito de transição de imagem para cenas de flashback*

Uma das minhas metas de final de ano (é, eu tenho metas de final de ano, porque as do começo teimam em desaparecer) é investir em mim. Por isso, comecei a tal drenagem linfática (siim, agora eu tenho feito direitinho!) e me determinei a fazer as unhas no salão novo que abriu aqui na esquina toda semana. São surtos de peruísse que fazem bem à alma, e tudo que eu mais queria era chegar em casa e continuar nesse clima, estalando os dedos e pedindo ao Jarbas uma taça de champagne. Mas por enquanto ainda estou na base do berro com “mãããe, Nescaaau!” mesmo. Voltando ao assunto, passo tanto ali na frente do novo salão que decorei o número de cabeça.

Capítulo 1

Casualmente, sábado eu fiquei na dúvida se o final do telefone ali era 9213 ou 9312. Tive que ligar pros dois, e já no primeiro atendeu uma mulher se dizendo da Cia do Cabelo. Hm… acho que é esse o nome. Consegui hora pras 14h30, bem o horário que eu queria. 14h30 então eu fui ali pro salão, paguei adiantado e fiquei lendo uma revistinha esperando minha vez. O salão é pequeno e eles recém estão começando, ainda sem muita experiência, só tem uma manicure. Senti borburinhos e uma certa correria. A pequena equipe do salão se reuniu no balcão da recepção, e eu ouvi um:
– Como é teu nome?
– Bruna.
– Hm.. tu marcou que horas?
– Duas e meia.
– Uhum.. pelo telefone?
– Sim.
– Lembra quem te atendeu?
– Não.
– Uhum…

*caras de desespero. tensão no ar*

Perguntei se estava marcado, fiquei sabendo que não. Começou uma pseudo-discussão sobre quem fez a tal cagada, que faltava organização lá, que a partir de hoje só uma pessoa ia atender ao telefone, que esse era a última vez que algo dava errado. Disse pra eles que não me importava, morava perto e que deixava meu telefone pra quando tivesse uma hora. Pediram mil desculpas, anotaram que tava pago, pediram mais três desculpas e disseram que me encaixariam as 15h30. Vim pra casa não acreditando que errei o número do telefone e que o engano deu exatamente em outro salão.

Continue acompanhando esta louca aventura abaixo!


Capítulo 2

Contei pra minha mãe do acontecido, rimos muito, liguei pro meu namorado, rimos muito, fui deitar pra ver Caldeirão. Lembrei que o André tinha me dito pra ligar lá e me desculpar, dizer que foi um erro meu. Ignorei a frase dele, porque seria o maior mico fazer isso. Preferia assumir a idéia de que eu era uma semeadora da discórdia. Gosto de marcar hora nos lugares e não ir, pedir pizza na casa dos outros, ligar pra uma farmácia e encomendar um cento de enroladinhos de salsicha. Essa sou eu. Bom.. na verdade não. Minha consciência pesou depois do Musa do Brasileirão e resolvi ligar e esclarecer a confusão. Disquei o número contrário daquele primeiro.

– Oi, eu sou a Bruna. Acabei de sair daí.
– Oi!
– Olha só, entendi o que aconteceu! Eu liguei pro 9312 ao invés de 9213 e deu a coincidência de cair em outro salão, acredita? Então, marquei lá achando que era aí.
– Ahhh tá!
– E até o nome é parecido, é Cia do Cabelo.
– Nossa, muita coincidência! Aqui é Cabelo e Cia!
– he-he
– Então tá, mas a gente tenta te encaixar aqui.
– Ok.

*desligo o telefone confusa*

Cabelo e Cia? Putaquepariu. Não era esse o nome do salão da esquina não. Lá é Espaço Cabelo! Não acredito, pra quem eu liguei agora?

Foram momentos muito confusos em que pensei em nunca mais ligar pra nada, nem ninguém. Vi Lata Velha e voltei lá as 15h30. Constatei, enfim, que era Espaço Cabelo E CIA! Rá! Não estava totalmente no caminho do mal. Porém, uma velha tinha se atrasado e chegou justamente no meu horário. Mais desculpas e voltei pra casa. Assisti toda a Sessão da Tarde – Katie Holmes em: A Filha do Presidente.

Capítulo 3

No fim, fui atendida as 19h, pegando o horário da depiladora. Pintei as unhas de uma cor tão horrível que não sei se foi ironia do destino, uma autopunição inconsciente ou pura sacanagem da manicure. Parece que eu peguei uma caneta marca-texto rosa e pintei as unhas. Só sei que é a cor mais feia de todos os esmaltes do mundo.