Há boatos de que a Era de Aquário poderia começar em 2009. Como diz a música, a Era de Aquário seria uma fase de harmonia, compreensão, amor e, principalmente, a espiritualização de todas as pessoas no mundo. Em resumo, o verdadeiro espírito We Are The World e Criança Esperança, só que forever and ever. Bom, isso é apenas uma forma que encontrei pra justificar o quão estranha é a história desse post.
Para manter o anonimato do nosso protagonista, vamos chamá-lo de… Agnor da Silva. Então que eu e o André fomos jantar no shopping na quarta-feira de noite e depois que saímos perguntei se ele não queria ver onde era a locação onde gravamos um comercial no final de semana passado. Só pra constar, a locação era bem longe, mas eu sou inconsequente e estava no banco de carona mesmo. Então passamos lá na frente e #fail porque tava tão escuro que nem pudemos ver nada. O André lembrou que moramos no deserto e nunca temos nada pra beber em casa, então precisávamos ir num posto comprar refrigerante. Fomos num posto ali perto. Ele entrou na loja de conveniências e eu fiquei no carro quando ZÁZ! Avisei ele: Agnor da Silva. Agnor, que tinha sido meu colega do Jardim A a Oitava Série. Agnor, que com 10 anos de idade já devia cheirar cola. Agnor, que num show da Comunidade Nin-Jitsu ficou com duas gurias ao mesmo tempo. Agnor, que mora no mesmo bairro que eu e as 23h de uma quarta-feira estava comprando uma caixinha de suco de maçã num posto do outro lado da cidade. No cartão de crédito. Agnor, que deve ter me reconhecido e apenas pensado “Bruna… aquela do colégio”.
Então eu olhei pra ele, ele olhou pra mim, e saiu absoluto no seu Crossfox amarelo ovo (seria Agnor um viral?). E isso teria sido apenas estranho, mesmo com o fato de que eu e o André saimos a seguir o carro pra confirmar se era mesmo o Agnor. E passamos por sinais vermelhos. E fomos transgressores da sociedade. E talvez temos uma multinha. E no fim perdemos o carro porque, Jesus, como corre esse Agnor.
Mas, como eu disse, essa foi apenas uma noite maluca de quarta.
Quinta-feira, eu saí aqui da produtora pra esperar o André me buscar pra almoçar e quando estava na calçada, avisto um Crossfox amarelo ovo. Ok, não é apenas o Agnor que tem um, certo? É um carro feio? Com certeza, mas existem muitas pessoas de mau gosto – e de pinto pequeno – por aí. Mas, acreditem… ERA ELE! Na rua onde eu trabalho, que não é movimentada e também não é muito perto de onde nós moramos. E como se não bastasse passar pela rua, ele estaciona e desce. E sai andando com uma mochila.
Então é tipo… eu fico uns 10 anos sem ver a pessoa, e aí encontro ele num posto do outro lado da cidade e no dia seguinte na rua onde eu trabalho. Bizarro. Definitivamente, algo estranho está acontecendo. Pensei que talvez Deus estivesse querendo me dizer “siga os passos de Agnor” ou algo do tipo, mas depois de ficar a tarde toda cheirando Tenaz, eu concluí: “jamais ficarei com duas meninas ao mesmo tempo, muito menos terei um Crossfox amarelo”, e tenho dito.