Respeito: eis aí um sentimento que poderia ter tantos seguidores quanto a banda Jonas Brothers. Mas, bem ao contrário, é um ítem em falta no mercado. No final do mês passado, começou uma onda de notícias sobre agressões e atitudes mal educadas de alunos aos seus professores. O que desencadeou a polêmica foi uma professora que teve traumatismo craniano ao apanhar de uma aluna na minha cidade, em Porto Alegre.
Professores são aqueles que irão nos guiar através de livros, fórmulas, exercícios e testes. Eles não inventaram nada daquilo, eles não tem culpa se a soma dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa, eles não forçaram a ditadura a acontecer, nem criaram abalos sísmicos ou leis de Newton. Mesmo assim, eles fazem questão de toda manhã acordar e ir explicar tudo isso para um bando de gente que desconhece esses fatos. Eles te dão ferramentas e ideias para você formar suas opiniões, sua personalidade, sua cabeça, seu conhecimento – a famosa bagagem, que muitos fazem questão de despachar imeadiatamente que recebem.
O que acontece é que muitos alunos não vêem seus professores como alguém que quer ajudar, e sim como um autoritário, velho rabugento, uma figura que se for séria não pode ser alguém legal. Professores são, acima de tudo, mestres. E os mestres existem em todas as etapas da nossa vida, porque nunca vamos saber tudo. Vamos sempre precisar de ajuda, de conselhos, de informações. Seremos sempre alunos, aprendendo a viver. Passando por bons e maus professores. Tentando extrair o melhor de cada aula.
Se você não respeitar seus professores, as pessoas que, tanto quanto os seus pais, estão ali para te dar aquele empurrãozinho para não ter que começar sua vida de adulto sozinho, você não vai respeitar ninguém. E, pior ainda, terá escolhido ser um ignorante, que jamais será respeitado também.
Foto da minha formatura, eu recebendo o grau de René Goellner. Um mestre.