Top 5 Artistas que mudaram minha vida… NOT!

29 de August de 2010

Mas pelo menos marcaram a história da música brasileira… NOT!

Esse é o Top 5 de bandas que na real, na real, nunca chegaram a fazer sucesso de fato. Os programas tentaram nos empurrar goela abaixo, mas sinceramente? Tiveram uns hits, pessoas compraram os CD’s pra alguns anos depois ter que esconder e não passar vergonha, mas ninguém nunca achou BOM de verdade. E, como era de se esperar, depois de algumas tentativas da mídia de alavancar a carreira deles rumo ao estrelato, acabaram é caindo no limbo. Mas, assim como as ombreiras, sempre tem alguém que lembra e pensa “como isso um dia já foi tão popular?”. Percebam que todos eles tentaram trazer um pouquinho do que dava certo nos Estados Unidos pra cá.

Fat Family

Com seus 724 integrantes, o Fat Family chamou a atenção por ressaltar a auto estima dos gordinhos com o seu jeitinho sexy, sexy, sexy (versão Herbert Richers de Shy Guy da Diana King). Como se não bastassem serem todos iguais, eles aindam usavam uns acessórios de Jetsons. Como todo bom gordinho, a banda tinha carisma e vende 1,8 milhão de cópias em 1998.

Por onde anda?
Como sempre tiveram estilo gospel, hoje o Fat Family se apresenta com apenas 40 integrantes em igrejas e convenções evangélicas.

Pepê & Neném

As gêmeas poderiam ter seguido facilmente pelo caminho de se tornarem as Ronaldinhas (do Gaúcho, é claro), mas Pepê & Neném tinham uma história triste que conseguiu impressionar muita gente e sairam das ruas onde cantavam um inglês fajuto para morar nos palcos da Xuxa. As coitadas ainda levaram um belo golpe do empresário, que não mostrou ser tão bonzinho quanto a Rainha dos Baixinhos. Por incrível que pareça, elas lançaram 4 CD´s e venderam mais de 1 milhão de cópias em 1999. O hit da época era uuuuuuh baby baby, naaaadaaaaa…, regravação também Herbert Richers de Wild World do Mr. Big.

Por onde anda?
Hoje elas tentam dar a volta por cima pegando carona no cabelo da Rihanna.

Twister

Na onda de boy bands em 2000, o Twister se lançou com uma fórmula bastante conhecida: garotos bonitos, músicas românticas e coreografias dançantes. O hit era 40 Graus… de febre! De repente uma referência ao delírio deles fazerem sucesso por aqui, ou simplesmente chamando as fãs de insanas. O Twister ainda vendeu 250 mil cópias e viajaram pra Los Angeles pra gravar um novo CD em espanhol, onde garanto que tinha 40 Graus versão remix, versão em espanhol, versão a capela, versão…

Por onde anda?
Em 2002 a gravadora do grupo, Abril Music fechou e o projeto para lançamento do novo CD não aconteceu. Outro agravante foi a prisão de Sander (o vocalista e guitarrista) por posse de drogas e assim a banda acabou com 2 anos de vida.

SNZ

Sarah Sheeva, Nãna Shara e Zabelê. Baby Consuelo e Pepeu Gomes não quiseram dar nomes normais pras filhas serem lembradas facilmente. Claramente inspiradas em TLC e no estilo Mel C de ser, o trio apareceu mesmo com a música Retrato Imaginário, que, pasmem, não é versão de nada! Mas foi escrita pela Deborah Blando, que nem brasileira é e nós já vamos ver aqui embaixo.

Por onde anda?
Em 2002, Sarah Sheeva anunciou que estaria fora do grupo para seguir a carreira evangélica e tem até um blog evangélico. Medinho de quem se converte do nada. As outras duas irmãs seguem com o grupo.

Deborah Blando

Até hoje não entendi se Deborah Blando queria ser Madonna ou Cindy Lauper (será esse o transtorno bipolar que a loira sofre?), mas dava pra ver que ela queria era ser megastar. A italiana tinha muitos contatos com produtores grandões e famosos e conseguiu ter uma música de sucesso em cada novela da Globo, mas nem todo mundo lembra porque foi difícil reconhecê-la sem o terceiro olho colado na testa depois do hit Unicamente.

Por onde anda?
Depois de um tempo nos Estados Unidos tentando buscar a paz interior com o Budismo, esse ano Deborah se internou em uma clínica de reabilitação em Florianópolis pra tratar o transtorno bipolar e a depressão.

E vocês, lembram de todos? Quem mais colocariam na lista?

Highway to hell

16 de June de 2010

Casamento em Uruguaiana. Uruguaiana a 8 horas de Porto Alegre. Sem vestido e madrinha. Um pâncreas meia boca e a certeza de que nada ia ser muito fácil.

Então era isso, no feriado de Corpus Christi estava eu embarcando pra lá num ônibus levando uma caixa térmica com pão de queijo e vendo aos pedaços Elizabethtown dublado espremida numa poltrona, tentando convencer meu pescoço de que por aquela noite a cama ia ser um pouco diferente. Mal conhecia os noivos, mas nessas horas as formalidades falam mais alto e eu sucumbi. Precisava de algo pra me apegar, um amuleto, algo que me garantisse segurança durante os momentos mais difíceis: levei meu secador comigo. O meu secador 110w. Pro meu hotel 220w.

Meia hora de choro depois de um transformador estourado e tudo parecia bem, ignorando o fato de que eu não ia poder almoçar nada além de repolhos e batata doce, simplesmente porque não tem como encontrar uma restaurante árabe, mexicano, vegetariano ou natural na fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina. E os restaurantes todos fecham às 14h, então por mais que eu quisesse ver pra crer, não ia dar tempo de procurar nada adequado ao meu pâncreas revoltado na cidade.

Tirando isso, foi tudo bem mais ou menos. Nunca tinha ido a um casamento e me dei conta do quanto definitivamente não quero um tradicional. Padre, Igreja, músicas sem graça… no way! No fim, me desculpem quem discorda, aquilo não é para os noivos. Se trata de um agradecimento à Deus. É um ritual para Deus. Não tem nada a ver com o amor entre as pessoas que estão se unindo. É tudo uma submissão. Assunto pra uma vida, não um post, acredito eu.

Always look on the bright side of life…

No fim, a melhor coisa foi ter estado na Argentina, Brasil e Uruguai em um mesmo dia. Um feito bobo, eu sei que não é impossível. Mas já foi algo! Comprei um rímel novo da L’Oreal, um lip balm de morango, muitas guloseimas pras pessoas queridas (com a plena satisfação de que elas estariam felizes podendo comer o que eu não posso), um som novo modernoso pra minha mãe e ganhei meu perfume amado da Diesel: Fuel for Life Unlimited. Também comprei umas coisas diet num mercado de Libres e tomei suco de Pomelo.

A segunda melhor coisa de tudo foi meu sapato, que comprei pra combinar com o vestido e o casaquinho de pele. Surpreendendo a tudo e a todos, eu não usei um Cravo & Canela, e COMPREI um sapato. Sim, eu comprei. Já vejo a hora em que vou ter que dormir no sofá da sala pois não terei espaço no meu quarto que não tenha uma caixa de sapato brilhando.

A terceira melhor coisa foi ter tirado fotos muito bonitas da May. Céu azul, poucos prédios, bastante tempo livre. Me orgulhei.

E a quarta melhor coisa foi descobrir que a H2O de lá é bizarra.

Mas apesar da aparência de suco do Chaves, é boa.

Sessão Pipoca com chocolate quente

23 de May de 2010

Tudo o que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo (Mas Tinha Medo de Perguntar)
Everything You Always Wanted to Know About Sex (But Were Afraid to Ask)

Um Woody Allen clássico! São sete curtas baseados em capítulos do livro de David Reuben, um psiquiatra especialista em sexo, mas totalmente voltados para o humor. E um humor incrível! Os capítulos são sempre perguntas curiosas sobre sexo, como “Afrodisíacos funcionam?” e a história é a explicação. As viagens de Allen vão desde um doutor que se apaixona por ovelhas até a humanização de todo o corpo humano na hora do orgasmo (que é o MELHOR dos capítulos).

Homem de Ferro 2 ★★★☆☆
Iron Man 2

O filme é mediano. O primeiro dá de 10 a zero, mas digamos que é aquele caso necessário para que o Tony Stark evoluisse alguns passos para enfim entrar para Os Vingadores algum dia. Como todo mundo sabe, ele é egocêntrico e pelo primeiro filme jamais cogitaria trabalhar em equipe, e esse filme é um intermédio pra ele repensar sobre isso e tal. O filme é TODO pra isso. E é claro que tem piadinhas boas, o Robert Downey Jr. sempre perfeito para o papel, é aquela coisa. Uma coisa que me impressionou foi como a Scarlett Johansson estava expressiva e dinâmica nesse filme… NOT! Ela e uma boneca dá no mesmo. Scarlett Tédio Johansson, sem nenhuma novidade. Mas falando sério agora, o que me impressionou foi como Gwyneth Paltrow tá velha! Gente, ela tava fofíssima no primeiro filme, e nesse ela tá mega sem graça. Fora que o romancinho deles ficou sem graça também, muito ajeitadinho. Preferia aquelas indiretas e tensãozinha de antes.

Amor à Queima-Roupa ★★★★½
True Romance

Ninguém me deu um Tarantino ainda. Meu aniversário é em julho, fica a dica. Esse filme tem o roteiro dele, mas foi dirigido por Tony Scott, o cara do Top Gun. Mas o filme é legal mesmo pelo roteiro. Imagine coraçõezinhos no lugar dos meus olhos nesse momento. A história é, pasme, uma história de amor! Christian Slater, no auge (e único momento) de sua beleza e Patricia Arquette sendo uma Courtney Love não tão junkie. E o mais incrível, embora tenha uma trama policial e muita gente se mate o tempo todo, continua sendo uma história de amor. E ela é muito lindinha, eu amei! Fico imaginando se o filme tivesse sido dirigido pelo próprio Tarantino. Talvez o romancinho fosse amenizado, mas algumas cenas seriam muito mais legais! Enfim, achei melhor do que Cães de Aluguel, e agora prevejo pessoas me xingando em 3… 2… 1…

Atenção pras botas do figurinho da Alabama! Muito lindas e super na moda! haha

Robin Hood ★★½☆☆
Robin Hood

Não é o bicho. Fui esperando um mega filme com Russell Crowe, porque ele não se mete em porcaria, mas é apenas um filme bem feito de aventura. Uma coisa que atrapalhou foi a imagem que eu tinha do Robin Hood já na floresta. O filme é sobre a origem dele, então essa parte da floresta é tipo… o final! Dando um grande gancho pra continuação, mas não acredito que ela saia porque o filme não empolga muito pra isso. Os cenários são muito bem trabalhados e compostos, mas achei muito repetitivo. A história é linear, e depois de ver o filme você consegue resumir em poucas palavras tudo. Não gosto dessa sensação, de que o filme teve 10 minutos arrastados em 2 horas. Sem contar que a Cate Blanchett nunca vai me convencer, essa mulher nasceu com cara de velha!

Na Natureza Selvagem ★★★★½
Into The Wild

Esse é aquele típico filme que a gente sabe que vai mexer com a gente de alguma forma. Primeiro porque é uma história real, e a veridicidade dos fatos sempre nos comove mais. Segundo porque a trilha é toda composta e tocada pelo Eddie Vedder, e quem conhece o cara sabe que ele traz uma intensidade absurda com ele. Terceiro que quem viu Alpha Dog e Milk sabe do que o Emile Hirsch é capaz de fazer. Mas óbvio que o guri, que é só um ano mais velho do que eu, destrói mesmo é nesse filme. Enfim, só vendo pra saber… Na minha opinião, não é um filme que incentiva você a sair por aí com uma mochila nas costas descobrindo o mundo de forma livre. Não. É uma história sobre utopia, frustrações, decepções, expectativas, relações humanas, solidão e auto conhecimento. Porque o que eu tirei disso tudo é que a viagem que o Chris fez foi muito mais significativa do que os 5 meses que ele passou sozinho no Alasca. O Alasca foi uma coisa burra, mas que ele precisava provar pra si mesmo que conseguiria. Mas as pessoas que ele conheceu, as experiências que teve durante o resto dos 2 anos que passou mochilando, foram muito mais importantes pra vida dele e ensinaram muito mais do que viver uma vida solitária com o que a natureza pode oferecer ao homem.

Amigas com Dinheiro ★☆☆☆☆
Friends with Money

Muito ruim. Muito, muito ruim. A vida de quatro frustradas, sendo que três delas pertencem à classe média alta. Era pra mostrar que rico também tem problemas, principalmente traçando uma comparação direta com a personagem da Jennifer Aniston, que é a amiga doméstica. Sei lá, achei fraco, depressivo e os diálogos super vazios. Sabe quando você CANSA das discussões? O filme é todo assim… aquelas briguinhas de marido e mulher, implicâncias, aff.. MUITO RUIM!

Manoel Carlos, o Maneco

17 de May de 2010

Parece estranho um post sobre Manoel Carlos, mas na verdade… é realmente bem estranho mesmo.

Já tive minha fase de fazer parte dessa comunidade. Aquela revoltinha básica de “mimimi isso é tão massificado” e achar que novela era besteira. Sim, muitas delas são. Mas são também entretenimento. E a grande sacada do Manoel Carlos é que ele transformou algo que era pra ser apenas entretenimento, aquilo que tem o dever de nos divertir, nos tirar um pouco do mundo real, nos distrair, em algo que instiga, gera debate, faz refletir.

E eu não sei o que acontece comigo, mas o Vale a Pena Ver de Novo me transforma em alguém diferente. E esse alguém gosta de novelas. No Vale a Pena Ver de Novo elas parecem muito melhores, apesar dos cortes porcos que fazem. Ou talvez seja exatamente por causa dos cortes, a história acaba ficando mais dinâmica. O fato é que isso me fez perceber o quanto adoro as novelas do Manoel Carlos. Múltiplas Helenas, as clínicas do Dr. Moretti, festas que duram uma semana inteira, mortes trágicas de personagens que nos fazem soluçar no sofá, aquelas polêmicas pra serem abordadas por todas as revistas e programas de comportamento, etc.

Quando Viver a Vida começou, eu já tinha decretado: é novela do Maneco, vou ver! No começo da história, uma Luciana que parecia mais ter 5 anos de idade, metida e mimada, me fez desanimar. Era tudo muito surreal, uma vida boa e ela sempre querendo mais de tudo e todos. Mas acho que foi tudo feito propositalmente exagerado para que pudéssemos notar a grande mudança da personagem depois do acidente.

Semana passada a novela acabou, e eu posso dizer que foi a novela mais madura de Maneco. Pra mim, um verdadeiro marco em quesito de novelas. Sim, teve o “tema principal polêmico” para ser debatido no Fantástico, teve uma enxurrada de merchans (mas que, honestamente, estão melhorando muito), teve as inserções culturais chatinhas e forçadas que já são marcas do autor, teve também milhares de críticas chamando o enredo de autoajuda. Mas o que eu mais gostei da novela foi a realidade dos personagens. Ao contrário do que já aparenta a próxima novela das 21h (Passione) Viver a Vida não tinha vilões. Na verdade, isso é meio que uma característica que vinha crescendo nas últimas novelas do Maneco, mas nunca foi tão visível. Personagens super humanos, que amadurecem, crescem, erram, continuam com os erros, não mudam. Em uma novela que principalmente pretendia abordar a SUPERAÇÃO, o que pude perceber é que o grande vilão era mesmo o destino. E que nós temos que lidar com ele, aprender, ir adiante, superar. Eu acho isso MUITO LEGAL. Porque, sinceramente, quantas pessoas vocês conhecem que tem como objetivo de vida bolar planos infalíveis contra alguém? Separar casais? Dar golpes milionários e fugir com o dinheiro? ISSO é coisa de novela. Ter que conviver com pessoas chatas, fazer decisões na vida, sofrer preconceito, violência, superar traições, perdas e doenças. ISSO é vida real. Eu me emocionei muito ao longo da novela com a veracidade dos fatos. E a coisa mais bacana, pra mim, foi a Luciana não ter voltado a andar. Além disso, as personagens chatas continuaram a ser chatas, as pessoas que se decepcionaram continuaram magoadas e as implicantes idem.

Embora a gente não se surpreenda, tem muita gente que se informa através das novelas. É a palestra das massas. Só assim eles vão aprender o que significa anorexia, bulimia, como se prevenir contra o câncer de mama, como aceitar melhor uma relação homossexual. Parece tão óbvio e clichê, mas também é tão importante para algumas pessoas que não tem condições de uma educação melhor, e às vezes nem possuem a cultura de ser ensinado, aprender, e por isso não vão atrás. E é muito importante trazer tudo isso pras massas. E se tiver que ser feito em forma de novela, acho super válido. Vida longa e próspera ao Maneco!

Sessão Pipoca com muitos filmes

5 de May de 2010

A Proposta ★★½☆☆
The Proposal

Comédia romântica com a Sandra Bullock e o Ryan Reynolds. Ah, é fofinho, tem uns draminhas no meio, mas no fim achei meio fraco. Digo, tem umas partes engraçadinhas, você torce pelos dois, mas acho que não rolou uma química entre eles. Na própria história, eu acabei achando que não era amor, e sim compreensão e identificação que eles passaram a sentir um pelo outro. Mas enfim, o desfecho tinha que ser esse né, então acho que forçaram ali um final de feliz.

Os Falsários ★★★½☆
Fälscher, Die

Filme muito bom sobre o holocausto, maaaas… eu tinha visto a Lista de Schindler uma semana antes e, gente, não tem como comparar! hahaha Lista de Schindler: nada pode ser maior! hahaha Mas falando sério, é uma parte muito, muito interessante da história, uma curiosidade sobre os campos de concentração que eu nem fazia idéia que tinha existido, e os personagens são muito legais, bem construídos – embora seja baseado numa história real. Inclusive tem uma peculiaridade que eu nem imaginava: o protagonista, um dos maiores falsificadores da história, Salomon Sorowitsch, veio se refugiar no Brasil quando bem mais velho e morreu aqui em Porto Alegre, trabalhando com pinturas e brinquedos! Curioso, não?

Na Mira do Chefe ★★½☆☆
In Bruges

In Bruges é considerado um filme de humor negro e reviravoltas. Sinceramente? O dia em que piadas sobre negros, prostitutas e anões forem considerados humor negro, eu serei uma Geleca. Achei o filme forçado, tanto na parte de se esforçar para que ele seja violento (oi, cenas de cabeças explodindo e sangue em demasia) quanto para as tais piadas de humor negro, que só depreciam algumas pessoas de forma estúpida. Ah, desculpa, isso não é humor negro pra mim. Se o filme tem alguns tons bem humorados e de comédia, isso passa batido diante da história que é pesada DEMAIS e impossível de ser deixada de lado pra você rir do jeito bobinho e atrapalhado do Colin Farrell. Em compensação, os atores estão ótimos.

Alice no País das Maravilhas ★★★☆☆
Alice in Wonderland

Em consideração ao eu amigo Tim Burton, fui ver o filme. Ok, era impossível deixar de ver Alice em 3D nos cinemas, mas eu tinha lido muitas críticas ruins e já tava desanimada quanto ao filme. Apesar disso, eu achei muito bom!!! Visualmente falando, ele é PERFEITO. Estilo Burton nos detalhes das árvores e cores, mas a produção 3D é ótima, os animais são muito reais, você não tem a sensação de que são atores num cenário todo produzido pelo computador. Tá, eu não tive pelo menos. E a trilha sempre sensacional de Danny Elfman. Mas o que acontece é que eu vi muito um filme/seriado/seiláonome de Alice quando era pequena. Ainda vou achar pra postar aqui, mas eu realmente não achei como filme, e não era desenho tbm. Eu achava o máximo, só que o filme seguia o livro: era totalmente subjetivo, com metáforas, lições de vida infiltradas em diálogos que pareciam sem nexo, Feliz Desaniversário, um ovo que dançava encima do muro, a Rainha Branca virava uma ovelha e no fim era sempre a Alice fugindo de um dragão pelos espelhos. Era tão subjetivo que eu nem entendia a história, só lembro dessas cenas. No filme do Burton, a história é entregue. Crianças, velhos, adolescentes, todo mundo consegue entender tudo, a única parte mais maluquinha (e ainda assim sem nenhum mistério) é o Chapeleiro Maluco, que, cá entre nós, tá meio exagerado. Então na minha opinião, a adaptação de roteiro deixou a desejar, pois simplificou a história. Mas talvez esse fosse o objetivo, vai saber?

A Era do Gelo 3 ★★☆☆☆
Ice Age 3

Olha, eu não sou a pessoa mais indicada pra falar de continuações. Sempre acho desnecessário. Os personagens são carismáticos e a história rende pra mais de 3 filmes? Faz um desenho animado pra TV Globinho então. Achei A Era do Gelo 3 super fraco, tentando espremer histórias, etc. A melhor parte é a do Scrat, o esquilinho que enfim esquece sua noz porque encontrou um grande amor. É sensacional a historinha paralela dele. Aliás, no próximo A Era do Gelo podia ser sobre a extinção e só sobrar ele de personagem, né? Acho que seria muito melhor.

A Família Savage ★★☆☆☆
The Savages

Filme deprimente (no sentido de ter uma história bem triste mesmo) e pretensioso a ser algo cult. Sei lá, senti uma vibe wannabe Lula e a Baleia, pesando os dramas pessoais e a brutalidade da realidade, aquela coisa “a vida como ela é”, mas não rolou. Os dois atores, Laura Linney e Philip Seymour Hoffman são ótimos, fantásticos, mas infelizmente suas presenças e atuações não seguram um roteiro ruim. Achei a história arrastada, o enredo asilo muito triste e não vi tanto o bom humor que dizia o resumo da caixinha. O que mais gostei foi a cena final, super fofa e simbólica.

Tudo Pode Dar Certo ★★★★☆
Whatever Works

Ai, como eu não vou gostar de um filme do Woody Allen? O personagem principal, claramente um Woody Allen interpretado por Larry David, é o tipo misantropo impossível de não amar. A história é típica, numa comédia crescente. O cenário? Nova York, de volta aos velhos tempos. O roteiro é antigo e, sinceramente, me lembrou uma junção de mil outros filmes do Woody. Um Woody Allen apaixonado por uma loirinha anos mais nova? Manhattan. A hipocondria em destaque com direito a ataques noturnos de noite? Noivo Neurótico, Noiva Nervosa. Liberdade sexual e poligamia tratados com naturalidade? Vicky Cristina Barcelona. E pra completar, tudo gira em torno de Bóris (A Última Noite de Boris Grushenko) e em algum momento é citado o caso de um cara que transou com uma ovelha (Tudo o que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo). Apesar da salada mista de repetições, a história é muito original. Aliás, a mensagem! Tudo Pode Dar Certo. Uma maturidade em aceitar que você tem que apostar, experimentar, fazer o que gosta, seguir em frente. Vai que isso funcione? No filme, funcionou. Pra Woody Allen, que se arriscou a sair do seu senso comum de filmes assim para se aventurar em outros países, outros estilos de filme e sair de cena um pouco, funcionou. Depois, quis voltar ao velho formato de se espelhar no personagem principal na cidade que não dorme com uma história cheia de “clichês” Woody Allen. E funcionou. Pra ele, Whatever Works! É sempre bom. =)