Publicitária do Lar

4 de October de 2010

atrapalhada

Não faz nem três meses que ingressei em uma nova vida. Uma vida onde eu compro um armário e depois passo Poliflor nele. E depois dobro todas as roupas. E depois guardo elas. E por fim, tomo 2 Dorflex pros meus braços.

Uma vida em que lavo louça. Parece um sonho, mas não é. A louça está ali. E aí você começa a valorizar muito cada prato que suja. E decide que o melhor é ter alimentos possíveis de comer com a mão: banana, maçã, barrinhas de cereais. Além de tudo, tem que ir no supermercado, comprar coisas que sujarão toda aquela louça que um dia, acredite, consegue ficar limpa e guardadinha. Linda. Geralmente é naquele mesmo dia que você acorda querendo fazer dieta, mudar o cabelo e arriscar pintar a unha de um esmalte amarelo neon.

Mesmo assim, existe um sentimento frequente de que nunca tem nada na geladeira, e você começa a comer compulsivamente pra garantir que não morrerá de fome. A lógica mais simples? Comer de hora em hora. E então chega a 58kg, um record pessoal. E ganha o apelido de “estivador” por alguns parentes – mais precisamente a sua mãe. Nem vou entrar no assunto do pânico de acabar o papel higiênico.

Outra novidade: as roupas são jogadas no cesto de roupa suja e… ficam ali! Sinceramente, nunca imaginei. Cadê a fada que lava as roupas? Olha, assim as coisas não andam bem como eu gostaria. E como se não bastasse, tem que ter todo um estudo pra coisa: o caninho da máquina tem que estar numa altura tal, o sabão não pode ficar parado por cima das roupas por uma noite inteira (mas depois de termos metade das roupas camufladas aprendemos bem – pelo menos estamos na moda), às vezes esse troço VAZA (oi conta de água!) e, o que considero a pior parte… elas saem molhadas da máquina e cabe a você e a previsão do tempo transformar tudo aquilo em coisas usáveis.

Ainda tem o fato de que concluí o quanto pernas são necessárias. Sem carro, uma simples ida na Lotérica, depois ao Correio e depois no supermercado me faz sentir muito saudável. Sou praticamente uma atleta de tarefas domésticas. Sou tipo o Office Boy de mim mesma.

Ultimamente tenho me questionado muito sobre tudo isso. E agora? Preencho formulários como publicitária ou como do lar? Publicitária do lar? Talvez. Mas de uma coisa eu tenho certeza, a vida mudou pra melhor. A sensação é que agora eu mesma cuido de mim, e até que tenho ido bem nisso. Apesar de todas as descobertas de cuidar de uma casa, tudo vale a pena. Poder ir dormir sabendo que as roupas estão cheirosas, a geladeira cheia de coisas que você gosta, o tapete sem poeiras, e é tudo por sua causa. Mesmo que você esteja indo dormir num colchão no chão, porque né? Cama são outros 500.

Mas falamos mais sobre isso assim que eu for ali desligar o leite no fogão.

Ó céus, ó vida, ó azar

23 de June de 2009

Porque existem dias que você simplesmente acha que o mundo acabou. E por alguns minutos, ele acaba mesmo. Parece que não existe mais nada que console depois daquela unha perfeitamente feita pela manicure ter quebrado quando você puxou de qualquer jeito a gaveta das meias. Parece que nada mais vai curar o fato de estar frio, chovendo, o ônibus atrasado por 20 minutos e seu cabelo armando na mesma proporção que aquele carinha do prédio 8 se aproxima. E ainda tem os problemas acumulados, o fato da sua vida estar toda de cabeça pra baixo; as mil e uma dúvidas da adolescência, que, lamento dizer, vão se estender até os seus 50 anos; aquela espinha indesejada bem no dia da festa; aqueles motivos todos que te fazem ter vontade de – POFT! – simplesmente sumir do mapa. Mas aí quando eu estou toda encolhida na minha cama, fazendo força pra acreditar que de alguma forma, estou sendo teletransportada pra outro lugar em que tudo esteja melhor, ela chega. Minha mãe. Com um Nescauzinho quente, um lanchinho com chocolates, um casaco, um abraço, uma história engraçada. É, o teletransporte realmente funcionou. Não há lugar melhor do que ao lado da minha mãe. E assim, ela sempre salva qualquer dia ruim.

Namorado dos sonhos

9 de June de 2009

Passei 18 anos procurando pelo namorado dos meus sonhos. Ele era engraçado, companheiro e, principalmente, alguém que eu pudesse admirar por ser quem é. Muitas vezes tentei encaixar outros corpos na minha imagem de homem perfeito. Em vão, pois eles já estavam destinados aos sonhos de outros garotas. Até que um dia desisti, cansada de esperar, e foi então que encontrei. Feitinho sob encomenda pra mim, meu primeiro namorado, com quem eu sempre sonhei sem saber, e com quem hoje eu sonho em viver pra sempre.

O bom de ser famosa é…

15 de April de 2009

Ganhar presentes. Pena que não sou famosa. Mas ganho presentes! O Boticário mandou um kit lindinho para todas as blogueiras colaboradoras do Tudo de Blog da Capricho! Foi meu primeiro presente de Páscoa, pois chegou aqui em casa no sábado de manhã! ^^


Pra ver o que tem dentro…


Boticário para anões: mini lápis, mini gel secante e mini gloss

E aí domingo terminou o feriado e eu posso dizer que passei a Páscoa inteira sem comer UM chocolatinho. É, porque minha mãe ainda esconde o meu “ninho” (leia-se coelhinho verde que serve como saquinho desde quando eu tinha uns 10 anos) e me faz procurar. Claro que eu não me presto a esse papel e prefiro levantar o nariz, fazer pose de esnobe e passar fome. Levando em conta também que às vezes em que tive algumas recaídas e me sujeitei a tal função eu simplesmente não achei meu coelho. Mas isso não vem ao caso. Meu namorado chegou de viagem e trouxe um ovo diet acompanhado de bombons da Cacau Show, gentilmente cedido pela sogra. Os bombons são muuuuito bons e o ovo ainda não comi, mas acredito no potencial dele.

Achei o ninho na terça-feira. E a coisa mais feliz do ano foi eu ter comido merenguinhos diet que vieram numa das pernas do meu coelho. Eu adoro merengue e acredito que comer um cura até gripe. Também ganhei vários chocolatinhos Diatt (que não comentei no post da Páscoa Diet, mas são meus preferidos para o dia-a-dia). Muito bom!


Foto meramente ilustrativa, já que o pote de merenguinhos, os bombons da Cacau Show e algumas barras de chocolate Diatt não se encontram mais no local

E vocês, como foram de Páscoa? Beijos!

Dicionário da TPM

25 de March de 2009

Acho que talvez 99,9% dos homens não entendem, e pelo menos 99,9% não se conformam, mas ela existe. A TPM. O processo todo, na verdade, é bem simples: enquanto uma parte do nosso corpo se autodestrói e tenta expelir seus restos mortais nos momentos mais impróprios do nosso dia, algumas das palavras mais banais do nosso cotidiano adquirem novos significados na nossa mente desequilibrada.

Por exemplo, o seu chefe não é mais apenas alguém com um poder superior ao seu dentro de uma empresa. Não, ele é o capeta em forma de empresário que, acima de tudo, só pensa em ferrar com a vida de todo mundo, inclusive a sua. Não satisfeito, justo no dia em que seu útero resolveu virar sádico, ele humilha você na frente de todas as suas colegas. Colegas estas que deixam o posto de pessoas que fazem parte da mesma coorporação que você e imediatamente assumem o de bando de vacas que tem o cabelo e a bunda muito melhores do que a sua e adorariam roubar o seu namorado. É verdade, pode procurar no dicionário da TPM. O namorado, por sua vez, se transforma num cara mega insensível que acha que consegue agradar uma mulher apenas presenteando-a com flores, chocolates e uma réles declaração numa faixa de avião. Nos poupe. Aí você vai dormir concluindo que o mundo, aquilo que antes era considerado o conjunto de espaço, corpos e seres que a vista humana pode abranger, definitivamente significa um lugar sujo e injusto que nunca vai entender e valorizar a pessoa que você é. A vida acabou.

No outro dia, depois de ter cuspido na cara do seu chefe, saído no tapa com duas loiras oxigenadas do trabalho e ameaçado mais de 27 vezes terminar o namoro, você acorda e pensa: “Nossa, como eu tava chatinha ontem! Que boba!” e vive tranquilamente por mais 28 dias como se nada, nunca, tivesse acontecido.