BBB11: Por que eu mereço?

24 de March de 2010

Sim, as pessoas se decepcionam comigo porque eu vejo BBB. “Mas logo tu?”, indagam, imaginando que eu devo ser muito cult por gostar de Woody Allen e, sei lá, não ouvir Calypso no volume máximo durante a tarde enquanto pinto panos de prato pro Natal. Mas eu vejo, e vou dizer mais! Eu ADORO! E se você está chocado com isso, prepare-se para infartar: eu já tentei me inscrever!

Soco no estômago essa. Mas é verdade, eu tentei me escrever há muitos anos quando ainda existiam pessoas que acreditavam que você poderia ser escolhido através de simples inscrições por cartinha. Baixei a ficha de inscrição e eram 18 FUCKING PÁGINAS com perguntas diversas que incluiam “você já foi preso?” e coisas do tipo. Aí desisti. Também, não ia conseguir ter uma idéia genial pro vídeo, e nunca fui Miss-alguma-coisa pra me exibir com roupas de academia (sorry, Grazi).

A questão é que tudo mudou. Eu fiz um teste na Revista Super e o resultado foi que eu duraria no BBB de 8 a 12 semanas. E eu super acredito em testes de internet. Quer dizer, hoje eu sinto que estaria preparada pra me inscrever e acho que tenho fortes argumentos pra conseguir ser escolhida e até mesmo para ganhar o BBB11! Estão curiosos? Vamos lá!

Porta-voz de uma minoria
O BBB já teve branco, negro, gay, bi, traições, triângulos amorosos, caipiras, Miss. É chegada a hora de uma… VEGETARIANA! Cadê minhas cotas? Eu sou gente também! E imaginem o Boninho, que adora dar uma zoada e brincar de Deus, o quanto não ia tirar com a minha cara. Prova do líder: comer um churrasco em menos tempo. Monstro: se vestir de galinha e toda vez que um galo cantasse ter que comer coraçãozinho de galinha. Prova do anjo: limpar um peixe. E a diversão seria infinita para ele e a produção do programa.

A experiência que vai mudar sua vida
Eu gostaria muito de viver essa experiência que é o BBB. Principalmente, a experiência de lavar o cabelo durante quase 3 meses com NIELY GOLD! Sério. Eu prezo muito pelo meu dinheiro e não teria coragem de fazer isso na vida normal, mas tenho muita curiosidade de saber se meu cabelo iria continuar um cabelo ou se transformar em uma mutação genética. Sei lá. A dúvida é tanta que a gente se pergunta: quem usou Niely Gold e não aprovou? Marcelo Tas ou Valderrama?

Um sonho antigo
Porque eu sempre tive um sonho secreto. O de uma BRUNA ganhar o BBB. Não sei o que aconteceu em meados de 1986, mas quem não conhece mais de uma Bruna? É um nome até popular pelas ruas, nas turmas de colégio e faculdade, maaaas… você lembra de Bruna’s famosas? (tirando a esquecida Bruna Lombardi) É um nome usado pra personagens de novelas? Não, porque apesar de popular, é um nome renegado. E eu estou disposta a fazer desta uma luta nossa. Das Brunas. E não existe Juliana, Fernanda ou Carol que irá nos deter! Lembrarei disso a cada paredão! Quero ver toda Bruna votando. Juntas conseguiremos, Brasil!

Minha história de vida
Eu tenho uma história de família triste guardada na manga. Minha história de vida não é fácil. Mas não posso contar ela aqui porque ainda quero deixar ela pra quando me sentir ameaçada a sair do programa. Separem seus lencinhos.

Cultura e entretenimento pra você, telespectador
Porque eu não ficaria só falando de voto. Olha que legal, me organizaria pra que toda segunda, depois do filme do líder, eu criticasse um filme, desse nota pra ele e sugerisse um legal. Seria como a Sessão Pipoca no BBB. Ao vivo! E ainda ia falar de músicas legais, bandas, sapatos, celebridades, história do Brasil, lições de inglês e curiosidades sobre a produção de comerciais e chocolates.

Polêmica
Não mediria esforços pra dar declarações polêmicas. Ou vocês esqueceram desse post? Ou vocês esqueceram que eu já confessei aqui que ACHAVA DEDÉ SANTANA BONITO? Tipassim, super polêmica eu sou.

Planejamento
Já tenho uma carta do anjo pronta aqui comigo. Meus amigos estão começando a juntar dinheiro pra ir nos paredões e eu tô terminando o design da camiseta da torcida. Fiz uma lista do que falta: comprar um biquini fio-dental, fazer um clareamento dentário, ter um currículo mostrando que já tentei ingressar na vida artística várias vezes (quase pronto!).

Sei que teria a torcida do Dourado comigo (alô Menino Deus!!), das blytheiras, dos vegetarianos, das Brunas, a minha família e a família do meu namorado, o pessoal do Maria Imaculada, da Capricho, da Cravo & Canela e dos leitores do blog! GENTE, tô muito confiante. Juntos somos o que? Umas 5 mil pessoas? Nossa, esse prêmio tá na mão! VAI TORCIDA BRUBERRIES!!!!

Cozinha: O que é isso?

27 de February de 2010

Esse é o nome de uma comunidade minha no Orkut criada em outubro de 2004, cuja descrição é:

Quando chega a hora do almoço, a comida simplesmente aparece na sua frente. Você não sabe de onde ela veio, ou como foi feita, apenas sabe que ela está lá. Até que um dia você descobre que existe uma passagem secreta, um mundo obscuro chamado… COZINHA! O que é? Pra que serve? Você tenta descobrir. Depois de muitos incêndios, comidas horríveis, jantares estragados, amigos perdidos, receitas erradas e algumas dores de barriga, você percebe que era melhor nunca ter descoberto aquele maldito lugar. Afinal, você não sabe fazer nada lá mesmo.

Depois dessa, dá pra ver que eu sou o tipo de pessoa que nasceu pra ser madame ou vai viver de miojo pro resto da vida, né? Errado! Eu não sei fazer miojo…

Das histórias mais engraçadas na cozinha, tem a vez em que eu e o André tentamos fazer cookies, mas na assadeira eles se juntaram e formaram o maior cookie do mundo. Tipo uma pizza de cookie. Não ficou ruim, mas né… Não eram cookies. Outra vez tentamos fazer umas bolachinhas amanteigadas, mas que não pegavam consistência nunca (vide a foto do post). Seria a primeira bolacha líquida? Talvez. Tivemos que ligar pra mãe do André pra saber o que faltava. Sem contar que eu não sabia diferenciar sagu de ambrosia e só aprendi a ferver água em 2009. Mas ainda tenho algum receio de fazer isso…

Como penso em um dia morar fora e logo sair de casa, veio o problema: se eu não sei cozinhar e não posso comer qualquer coisa, fica difícil levar esse sonho adiante, certo? E então, inspirada pelo fofíssimo Julie & Julia, vim avisar que me proponho a um desafio público: fazer uma receita por semana. Toda quinta-feira a partir de março, aqui no blog, vocês podem esperar por receitas integrais, diets, vegetarianas ou sem glútem. Vou testar, documentar tudo e postar aqui, dando certo ou não. Podem cobrar de mim! E vamos ver no que vai dar. Esse é mais um passo do PROJETO 2010: por uma Bruna melhor – e por uma cozinha limpa e útil.

Curiosidade
: Por conta dessa comunidade, fui até convidada para participar do novo programa do Claude Troisgros, o Que Marravilha (acho que estréia no mês que vem no GNT), onde ele vai ensinar uma pessoa totalmente n00b (oi!) a preparar um prato para amigos e conhecidos. Achei muito divertido, mas infelizmente não pude aceitar porque as gravações teriam que ser no RJ e na casa de alguém e achei muito complicado pedir emprestada a casa de algum amigo carioca para fazer filmagens hahaha

Sessão Pipoca com serpentinas

16 de February de 2010

Tenho filmes atrasadíssimos pra comentar. Bom, antes tarde do que nunca, né? Queria fazer o Sessão Pipoca especial Oscar 2010, mas não sei se vai dar tempo de assistir a todos os filmes antes do dia 07 de março!

Avatar ★★★☆☆

Depois de três tentativas, eu consegui assistir! Ô filme pra lotar uma sessão hein? Enfim, a pateta aqui achava que era filme de anime quando via os trailers há 1 ano, e só antes do lançamento oficial entendeu que era um filme wannabe Tolkien por parte do Sr. Cameron. É pra falar sério? Filme super bem produzido, conseguiu extrair muito do 3D (que até então não tinha sido aproveitado de verdade nas animações que eu vi), personagens bem construídos e interpretações muito boas. Maaaas… a história é super comum e, sinceramente, não o vejo como um filme vencedor de Oscar. No que diz respeito à parte técnica, acho justo ganhar quantas estátuas puder. Acho que até mesmo o prêmio de Melhor Diretor pode ser dado ao James Cameron, pelo esforço e por ter buscado toda a tecnologia pra fazer esse filme em 10 anos. Com certeza foi um marco para a produção cinematográfica. Mas melhor filme? Nunca, né gente!

Onde Vivem Os Montros ★★★☆☆

Filme que eu tava esperando há um tempinho do Spike Jonze. Pra falar a verdade, eu tinha imaginado que seria diferente, mesclando a realidade com a fantasia dos monstros. Mas não, a partir do momento em que Max foge de casa e chega na ilha, o filme só se passa dentro da sua realidade alternativa. É bizarro, é engraçado, eu diria até mesmo que é um pouco Fellini, por ilustrar exatamente a mente de uma criança, com personagens estranhos mas significativos que refletem como metáforas situações da vida real, com sonhos inalcançáveis, com diálogos e histórias muitas vezes sem sentido, com sentimentos infantis como brigas por ciúmes e carinho gratuito. Resumindo, o filme é fofo, melancólico e muito, muito estranho. Me lembrou também um pouco História Sem Fim, filme que fez a minha infância e talvez seja tão estranho quanto. É como quando a gente delira num sonho maluco e acorda sabendo o que ele quer dizer, mas não deixa de achar ele estranho.

Sherlock Holmes ★★★½☆

Tá, eu adoro os filmes do Guy Ritchie! Desde o início, sabia que o Sherlock dele era diferente, veio para ser um filme de ação e aventura e não seguir com a fidelidade dos contos de Conan Doyle para os fãs. Ou seja, entendo as críticas, mas não deixo de considerar o filme divertido. Além disso, Robert Downey Jr. + Jude Law! Duplinha super linda na tela, acompanhada de sacadinhas bem humoradas pela história. Guy Ritchie poderia usar a criatividade e fazer muito mais na direção? Claro! Pro nível dele, o filme está aquém da sua filmografia, mas perto do que foi o cinema de 2009, eu achei muito bom!

RIP: Tudo de Blog

13 de February de 2010

Essa semana, eu e as meninas que fazem parte do grupo atual do Tudo de Blog da Capricho fomos surpreendidas com uma notícia: o TDB está com os dias contados e vai encerrar sua participação na Capricho com o nosso grupo. Bombástico pra algumas, já esperado por outras, o que importa é que o TDB chega ao final do ciclo para quem escrevia e para quem acompanhava os textos das blogueiras selecionadas.

Parabéns a todas as meninas que participaram de alguma forma da história dessa Seção. Com certeza foi algo muito importante para todas que estiveram envolvidas e, principalmente, meninas que querem seguir a profissão de jornalista, ou que descobriram que queriam seguir essa profissão exatamente escrevendo as pautas com prazos apertados para a Capricho.

Fico chateada que tenha acabado, mas é aquela coisa… as pautas já estavam repetitivas e meio chatas, 3 meninos com rostinho bonito estavam chamando mais a atenção do que discussões sobre a adolescência e a gente estava começando a achar que as coisas andavam estranhas. É melhor assim.

Espero que a nossa comunidade no Orkut permaneça, nem que seja para lembrar do tempo em que existiu o TDB. E espero que as amizades que eu fiz aqui e as meninas que conheci e aprendi a admirar continuem no meu Twitter, no meu MSN e na minha vida.

Pra quem não se lembra, minha estréia no TDB foi marcada pelos hilários (e irritantes) trotes das veteranas, com início dia 02 de março de 2009. Mesmo com a diferença de idade com o público da Capricho, consegui exercitar minha escrita dentro das pautas e fui publicada na revista três vezes (uma com texto na íntegra e duas no LeiaMais) e outras três no site (aqui, aqui e aqui).

Muito obrigada por tudo, Naty Duprat!

E se alguém ficou curioso, no lugar do Tudo de Blog vai entrar o Capricho Fic, concurso de contos e romances julgado pela Meg Cabot! Demais pra quem curte escrever histórias, né?

O fim do segredo

21 de January de 2010

E então o grande segredo do Fervo da Moda Cravo & Canela chega ao fim! Neste post sobre a terceira e última etapa da ação, posso relembrar os outros dois encontros e contar tudo sobre o projeto que desenvolvemos em parceria com a marca.

O CONVITE

Um sonho. É assim que a Cravo & Canela se referiu ao projeto, e acho que é assim que nós, as escolhidas, nos sentimos quando embarcamos de corpo e alma nessa viagem. Literalmente. Há mais ou menos quatro meses, recebi uma ligação inesperada durante um almoço tardio lá pelas 3h da tarde. Aniele da Cravo & Canela, uma pessoa que pelo telefone parecia super normal, séria e centrada, reforçou o meu relacionamento com a marca, minha participação nas promoções e colaboração com a Revista Incomum. Tudo isso pra dizer que eu tinha sido uma das blogueiras selecionadas para integrar o projeto Fervo da Moda Cravo & Canela, e que não poderia dar mais informações, mas que teriam 3 encontros: um na fábrica, em Ivoti, e dois em SP. “Tá dentro?” “Claro!” e desligamos. A pessoa que nunca tinha andado de avião acabava de confirmar duas viagens pra SP sem nem ao menos saber o motivo. Terminei minha saladinha e twittei. Tava morrendo de curiosidade pra saber quem seriam as outras nove insanas que toparam uma proposta totalmente no escuro e na mão de quem eu seguraria caso fôssemos sequestradas e vendidas como escravas sexuais fora do país. Aos poucos, fomos nos encontrando via Twitter e juntando nossas ansiedades sobre o que vinha pela frente: Cris, Deisi, Lily, Mari, Nana, Nani e . Mas peraí, faltavam duas! Mistério!!

A MISSÃO

No primeiro encontro, em Ivoti, descobrimos: Isa e Gina não são geeks e internéticas como a turma das blogueiras, mas eram tão legais e queridas quanto. Gina foi a porta voz das meninas de Recife e Isa acompanhou a marca desde os primeiros anos, participando de pesquisas e grupo de foco.

Além de tudo que eu contei AQUI, foi o dia em que ficamos sabendo que iríamos participar do processo de criação de quatro novos modelos que iriam integrar a coleção da Cravo de Outono/Inverno 2010! Tivemos apenas uns 5 minutos pra respirar fundo e acreditar nisso, e depois já tivemos que decidir um só modelo de fôrma, salto e bico para criar as quatro variações. Optamos por ser uma sandália (pro inverno nordestino), um scarpin de bico redondo, um boneca e uma bota. A Karina e o Fabricio, que fazem parte do time de Criação e Design da Cravo, na hora mesmo já mandaram ver nos desenhos, e conforme íamos falando, eles mudavam.

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O TEMA DE CASA

Definidos os sapatos, agora tínhamos um segredo e um grande tema de casa: prepararmos protótipos de cada modelo para apresentarmos no próximo encontro, que seria menos de um mês depois, em SP.

Ganhamos uma bolsinha cheia de coisas para nos inspirarmos e recebemos em casa as famosas casquinhas, modelinhos em plástico nas quais poderíamos trabalhar encima, exatamente igual ao processo que o pessoal usa lá na fábrica. Dava pra colar tecido, papel, pintar com tinta, esmalte, fazer o diabo a quatro! O importante era passarmos nossas idéias e de acordo com o que tínhamos visto da coleção.

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A APRESENTAÇÃO E DECISÃO

Dia 4 de janeiro nos encontramos no Vanilla Caffé, em SP, para vermos o que cada uma tinha feito de piração no seu pedacinho de plástico mágico. Vimos mais modelos da Cravo que seriam lançados para a Couromoda e fizemos quatro rodadas de apresentações das nossas idéias. Muita coisa parecida, o que significava que tínhamos absorvido bem os conceitos das tendências de 2010 e mostrava sintonia entre nós todas. Os quatro modelos foram definidos por consenso e também de acordo com o que iria necessitar de material e o que era viável ou não fazer. Tenho certeza de que algumas das nossas idéias não puderam ser realizadas agora, mas vão ser estudadas mais pra frente.

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TCHARÃ!!

Por fim, é com muito orgulho que apresento à vocês a mini-coleção Fervo da Moda! Os resultados finais foram estes:

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Com o modelo da botinha eu tenho uma relação mais pessoal, então fiz um mosaico com quatro fases durante o processo dela, desde o desenho, passando pelo meu protótipo até o resultado que está exposto na feira hoje e quem sabe estará nas lojas daqui uns meses.

Enfim, eu só tenho a agradecer todo mundo. O que começou como uma puta oportunidade se tornou uma das coisas mais legais que eu já fiz. É um conjunto de tudo: poder usar um sapato que eu mesma ajudei a pensar, viajar e conhecer São Paulo, ver a grandiosidade da Couromoda, conhecer os bastidores de uma fábrica e os modelos da coleção futura em primeira mão e, o mais importante, fazer parte de um grupo TÃO especial como o nosso. É incrível que mesmo com todas as diferenças de gostos e sotaques e, pior, sendo um monte de mulher reunida, cada uma ao seu estilo, acabamos nos complementando e formando um mini-família, que, assim como a nossa mini-coleção, deu super certo. Adoro cada uma de vocês e me sinto mega feliz de ter vocês em todas as lembranças e memórias dessa história! Adoro as pessoas da Cravo, que arriscaram, confiaram e com certeza surpreenderam muita gente com essa ação que nem mesmo uma marca de calçados mais experiente e abrangente teve coragem de fazer. Cabeça aberta, caminhos abertos. Muito sucesso!

E agora chega de monólogo, quero saber da opinião de todos vocês!!! Beijos!