Espelho, espelho meu

7 de December de 2009

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Irmãos gêmeos. Taí uma coisa que eu acho super estranha e não gostaria de experimentar. Imagina ter um clone, um espelho vivo andando por aí, mas sem repetir os movimentos e gestos que você faz na frente dele. Eu nunca gostei nem de ir de duplinha em festa a fantasia, imagina viver essa realidade todo dia. É como sair do próprio corpo e sentir como seria observar um outro você vivendo a vida. E como seria essa outra pessoa que é a sua cara? O que ela faria com o cabelo? O que ela iria gostar e odiar no próprio corpo? Que estilo e quais roupas ela usaria? Qual seria o jeito que ela iria falar? E você, sendo exatamente igual a essa pessoa, faria o mesmo? Dividiria, além da forma física, a personalidade? Acho dificílimo pensar nisso. E acho pior ainda imaginar que são duas pessoas que nascem da mesma mãe, no mesmo dia, com a mesma família, com o mesmo rosto, porém morrem em situações diferentes. Você estaria preparado para ver seu clone deixar esse mundo? Sinistro, hein? Definitivamente, esse negócio de gêmeos me assusta mais que a noiva do Chuck.

Ídolo neurótico, fã nervosa

1 de December de 2009

Como todo mundo sabe, minha outra metade nesse mundo tem nome, é famoso, pequeno, usa um óculos preto grosso e é autodidata em clarinete. O nome dele é Woody Allen e comecei gostando dele num filme que todo mundo odiou. Se um dia encontrasse com esse pequeno homem, mas de uma imaginação do tamanho do mundo, com certeza iria ter vários ataques histéricos. Assim como ele, boa parte de mim que se acha hipocondríaca – tenho quase certeza que é apenas o cérebro – me faria ter taquicardia, falta de ar, suar frio e chamar alguns paramédicos. Ou apenas o cara que vende cachorro quente na esquina mesmo. Ele, vendo meu nervosismo, ficaria mais nervoso ainda. Começaria a gaguejar com aquela voz esganiçada, ajeitaria o óculos umas cinco vezes por segundo, faria piadinhas para amenizar a situação, e, por fim, chamaria paramédicos para ele também. Terminaríamos, os dois, em um hospital, onde enfim poderíamos conversar por horas a fio em macas, uma ao lado da outra, sendo monitorados pelos nossos chiliques na garantia de que ficaríamos bem. E ficaríamos mesmo? Bom, eu não só ficaria bem como ficaria ótima do lado do meu ídolo, mesmo com soro na veia, jaleco branco e cabelo desarrumado. =)

A fantástica fábrica da Cravo & Canela

17 de November de 2009

Bom, antes de qualquer coisa, preciso dizer que minha história com a marca começou nesse
post. Eu comprei por sugestão de uma vendedora o tão querido sapato de bolinhas e desde então descobri que a Cravo & Canela tinha outros vários modelos com esse estilinho pin up.

Totalmente alienada e passando por cima de qualquer princípio moral ou ético, entrei na promoção da Revista Incomum com o único objetivo de ganhar o sapato rosa que eu tanto queria, e ganhei. Depois, fui surpreendida com uma bota linda no Hot Blitz e participei da promoção que eu divulguei – mais três pares de sapatos lindos pra minha coleção.

Não tinha contado pra quase ninguém, mas eu fui convidada junto com outras gurias fofas (Cris, Deisi, Gina, Isa, Lily, Mari, Nana, Nani, ) para participar de uma ação super legal, o FERVO DA MODA da Cravo & Canela que vai acontecer parcelado em três encontros. O primeiro foi dia 13/11, sexta feira passada, em Ivoti, na fábrica da West Coast/Cravo & Canela. Super me senti num BBB indo de van para um hotel encontrar com meninas que eu ainda não conhecia! Ficamos em Novo Hamburgo na primeira noite e já foi super divertido.

Na sexta, partimos bem cedo pra fábrica onde pudemos ver todas as etapas de desenvolvimento dos modelos, conhecemos o pessoal que trabalha lá, a fofíssima Ani (nossa Bial) e ainda fomos apresentadas aos sapatos da nova coleção de outono/inverno 2010!! Lindos!!


Fotos roubadas sem dó nem piedade da Mari Trigo

Também batemos muito papo sobre sapatos, é claro, sobre moda e comportamento, conhecemos as tendências que o pessoal da Cravo & Canela pesquisou e escolheu para criar a coleção do ano que vem, analisamos as linhas da coleção, fizemos votação dos melhores modelitos (foi o momento mais tenso) e… putz, não posso contar o resto, mas eu garanto pra vocês que é algo MUITO LEGAL!

Fiquei encantada com todo mundo que nos recebeu na fábrica. Pessoas queridas, simpáticas, que estavam super interessadas no que nós tínhamos pra dizer, que nos deram um super voto de confiança, que pensaram em cada detalhe para fazer essa experiência da forma mais incrível pra gente. Teve presentinho no hotel (um bolinho lindo e uma agenda com um recadinho personalizado pra cada uma de nós), teve café da manhã e lanchinho na fábrica, teve um almoço que mesmo abaixo de chuva foi MARA, teve um kit mistério da próxima etapa que é nosso segredão, teve janta na pizzaria que deu pra fofocar bastante e, claro, teve sapatinhos também! Muito obrigada por tudo!

Conhecer as gurias também foi muito legal. Por incrível que pareça, passamos apenas um dia e meio juntas, mas pareceu uma semana! Foi incrível! Sei que ainda temos mais dois encontros (dessa vez em São Paulo!!), mas já estou com saudades! Muito obrigada pela companhia! Nos vemos dia 04 de dezembro para a segunda parte da nossa missão! =D

Quando Deus te dá o cano

4 de November de 2009

Essa história de onipresença sempre me pareceu balela. Deus não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo, e com certeza ele já te deu o cano. É tipo wireless, todo mundo que tem sabe que NÃO, não pega em qualquer cantinho da casa.

Penso nisso toda vez que vou a um banheiro público, faço xixi e só depois percebo que não tem papel. E então pergunto, onde está Deus nessas horas? Onde está a faxineira responsável pela reposição do papel? E, o mais importante, onde está meu cérebro e por que não chequei isso antes? São momentos caóticos, de verdadeira tensão e descrença em qualquer tipo de fé. É horrível.

Mesma coisa acontece quando você se perde. Antes do cano, uma falha de produção: por que não nascemos com GPS? Google Maps? É um absurdo ter que usar parte do meu cortex pré-frontal decorando nome de ruas enquanto poderia estar memorizando outras coisas. Definitivamente é por isso que eu esqueço aniversários (viu só, insira_aqui_seu_nome?). E onde está Deus nessas horas? Eu garanto que vendo Lost, por alguma ironia do destino que ele mesmo controla.

E não para por aí. E as várias vezes que me deram o troco errado e só fui me dar conta disso em casa? E às vezes que meu WAP é acionado sem que eu perceba? E aquele dia que comi pão de queijo com formigas achando que era orégano? Não vou nem mencionar as mensagens trocadas no MSN. Esse velhinho safado só pode estar de brincadeira ou realmente adora ver suas criaturas em situações constrangedoras e desagradáveis. “Dancem, marionetes, dancem”, diz ele nos intervalos do seu jogo preferido, World of Warcraft.

Coincidência?

14 de October de 2009

Há boatos de que a Era de Aquário poderia começar em 2009. Como diz a música, a Era de Aquário seria uma fase de harmonia, compreensão, amor e, principalmente, a espiritualização de todas as pessoas no mundo. Em resumo, o verdadeiro espírito We Are The World e Criança Esperança, só que forever and ever. Bom, isso é apenas uma forma que encontrei pra justificar o quão estranha é a história desse post.

Para manter o anonimato do nosso protagonista, vamos chamá-lo de… Agnor da Silva. Então que eu e o André fomos jantar no shopping na quarta-feira de noite e depois que saímos perguntei se ele não queria ver onde era a locação onde gravamos um comercial no final de semana passado. Só pra constar, a locação era bem longe, mas eu sou inconsequente e estava no banco de carona mesmo. Então passamos lá na frente e #fail porque tava tão escuro que nem pudemos ver nada. O André lembrou que moramos no deserto e nunca temos nada pra beber em casa, então precisávamos ir num posto comprar refrigerante. Fomos num posto ali perto. Ele entrou na loja de conveniências e eu fiquei no carro quando ZÁZ! Avisei ele: Agnor da Silva. Agnor, que tinha sido meu colega do Jardim A a Oitava Série. Agnor, que com 10 anos de idade já devia cheirar cola. Agnor, que num show da Comunidade Nin-Jitsu ficou com duas gurias ao mesmo tempo. Agnor, que mora no mesmo bairro que eu e as 23h de uma quarta-feira estava comprando uma caixinha de suco de maçã num posto do outro lado da cidade. No cartão de crédito. Agnor, que deve ter me reconhecido e apenas pensado “Bruna… aquela do colégio”.

Então eu olhei pra ele, ele olhou pra mim, e saiu absoluto no seu Crossfox amarelo ovo (seria Agnor um viral?). E isso teria sido apenas estranho, mesmo com o fato de que eu e o André saimos a seguir o carro pra confirmar se era mesmo o Agnor. E passamos por sinais vermelhos. E fomos transgressores da sociedade. E talvez temos uma multinha. E no fim perdemos o carro porque, Jesus, como corre esse Agnor.

Mas, como eu disse, essa foi apenas uma noite maluca de quarta.

Quinta-feira, eu saí aqui da produtora pra esperar o André me buscar pra almoçar e quando estava na calçada, avisto um Crossfox amarelo ovo. Ok, não é apenas o Agnor que tem um, certo? É um carro feio? Com certeza, mas existem muitas pessoas de mau gosto – e de pinto pequeno – por aí. Mas, acreditem… ERA ELE! Na rua onde eu trabalho, que não é movimentada e também não é muito perto de onde nós moramos. E como se não bastasse passar pela rua, ele estaciona e desce. E sai andando com uma mochila.

Então é tipo… eu fico uns 10 anos sem ver a pessoa, e aí encontro ele num posto do outro lado da cidade e no dia seguinte na rua onde eu trabalho. Bizarro. Definitivamente, algo estranho está acontecendo. Pensei que talvez Deus estivesse querendo me dizer “siga os passos de Agnor” ou algo do tipo, mas depois de ficar a tarde toda cheirando Tenaz, eu concluí: “jamais ficarei com duas meninas ao mesmo tempo, muito menos terei um Crossfox amarelo”, e tenho dito.