Indiferença Oriental

21 de August de 2009

Não sei o que acontece, só sei que nada me interessa quando o tema é “oriental”. Não me levem a mal, não é que desgosto. Simplesmente não gosto. Parece chato, além de confuso. Não vou nem comentar sobre o Oriente Médio com aquela chatice de vários países com nomes parecidos e outros tantos ainda que a gente nem lembra que existe, a não ser quando compra album de figurinhas ou, sei lá, vê um Discovery Channel.

Mas o meu problema é mesmo com o Extremo Oriente. Nunca sei diferenciar lugares ou pessoas na Coréia, Japão, China. Pra mim é que nem Norte e Nordeste do Brasil, eu NUNCA sei onde ficam as cidades, e nem ao menos se são cidades ou estados. Ok, eu sei que tenho sérios problemas com Geografia. Lembro de planícies, planaltos e depressões apenas. Enfim, coisas orientais são estranhas.

Não tenho vontade de conhecer nenhum país, por exemplo. Ficar andando no meio de símbolos loucos. É como viver no mundo do Wingdings. É óbvio que japoneses (ou chineses, ou coreanos) são bons em memória. Eles tem que decorar mil símbolos pra poder ler alguma coisa. Ou certo que pra eles também é Wingdings e eles tem um generator-chat pra conversar, ou coisa do tipo.

Eu nem sei quem xingar quando esses malditos japoneses (ou coreanos, ou chineses) fazem algo melhor do que eu ou me ganham em algum jogo multiplayer. E, acreditem, isso acontece com bastante frequência. Bastardos… orientais!

Algumas coisas que eu gosto: árvores Sakura, Kung Fu Panda, Lucy Liu, miniaturas e bonecas irritantemente perfeitas. É, acho que é isso.

Sessão Pipoca com espirros

18 de August de 2009

Tenho que dizer que essa foi uma rodada boa! Belo time de filmes pra esse post!

Feitiço do Tempo ★★★★½
(Groundhog Day)

A princípio eu sempre confundia esse filme com Feitiço de Áquila! hahaha E inclusive devia dizer sempre que já tinha visto, por causa dessa confusão. Por sorte meu namorado tinha visto uma vez uns pedaços e queria ver de novo, aí eu pude conhecer o filme. Na verdade ele é tipo o Meia Noite e Um só que muito melhor. Tá, eu adorava Meia Noite e Um. Acho que já vi umas mil vezes na Sessão da Tarde, mas o “dia da marmota” (título original de Feitiço do Tempo), além de ter Bill Murray e seu jeito ácido-emburrado-engraçado tem toda uma reflexão por trás. Para muitos, será apenas mais uma comédia muito divertida de Bill Murray que caberia numa Sessão da Tarde sobre um cara preso no tempo. Talvez outros nem entendam no fim como ele saiu desse ciclo, mas a historinha é muito singela e fofa. Adorei os momentos finais. Muito bom!

Coraline e o Mundo Secreto ★★★☆☆
(Coraline)

Animação super bem feita e diferente, com clima sombrio e uma história pra lá de bizarra. Na verdade eu achei bem inferior ao que eu tava imaginando e esperando. Achei que faltou aprofundar a história, ela ficou meio vazia e rasa. Não sei exatamente, mas sabe quando passa rápido e não deixa muito? Essa é a minha opinião. Vai ver porque eu adoro animações e geralmente eu gosto bem mais dos roteiros em si do que da qualidade da animação. Talvez a produção tenha sido tão difícil (li que foi o filme mais longo feito em stopmotion, além de também ter sido feito para 3D) que a condução da história em si ficou um pouco pra trás. De repente tem toda uma filosofia com metáforas infiltradas no filme que eu não reparei. hahaha Tem? Se alguém quiser defendê-lo nos comentários, a vontade! haha

Milk – A Voz da Igualdade ★★★★★
(Milk)

Não tenho palavras para Milk. Era um dos filmes que faltavam pra completar o Oscar desse ano (agora só falta Frost/Nixon) e eu achei disparado um dos melhores ao lado de O Leitor. São filmes completamente intensos, com atuações incríveis e histórias muito lindas. Benjamin Button é uma história diferente? Sim, mas o filme é longo e cansativo, apesar de bem feito. Já o vencedor Slumdog agora me parece algo completamente hollywoodiano e comercial. Um filme com muitos atributos pensados para ganhar o grande público, como aventura, romance, tudo tão previsível. Achei Milk e O Leitor meio injustiçados, pois mereciam mais prêmios. Harvey Milk pareceu uma pessoa maravilhosa através do filme, e se hoje temos o preconceito que temos, imaginem na década de 70! Ele foi muito corajoso e fez muito pelos gays lutando pelos direitos. É inacreditável que existam pessoas que achem que eles merecem direitos diferentes dos heteros. Destaques pras atuações de Emile Hirsch (que eu passei o filme INTEIRO sem reconhecer) e Diego Luna. Sean Penn dispensa comentários.

Um Sonho de Liberdade ★★★★☆
(The Shawshank Redemption)

Eu nunca tinha visto esse filme, apesar de ser fã dos contos do Stephen King. É o primeiro filme do diretor Frank Darabont, o mesmo de À Espera de um Milagre, que eu adoro e tem muita coisa parecida! Eu achei que não fosse o desfecho surpreendente, ele seria apenas um filme com boas atuações que conta a rotina de uma prisão na década de 40, tanto para os presos quanto pelo funcionamento da prisão. Claro, o personagem de Tim Robbins faz toda a diferença, pois ele dá uma humanizada na vida dos presos, trazendo mais direitos, cultura e até mesmo hobbies para os detentos. É bem bonitinha essa parte. Claro que eu continuo achando Forrest Gump mais merecedor dos Oscars que eles disputavam, mas não deixa de ser um ótimo filme. E o final então é bem legal! Muito bem pensado!

Os 12 Macacos ★★★★★
(Twelve Monkeys)

Oficialmente meu filme preferido de atualmente. Gente, eu leio sinopse de filme futurista e sempre esboço meu típico “pfff”. Não, eu não gosto! De jeito nenhum! Quando eu li que Os 12 Macacos se passava em 2035, o “pfff” foi longo e intenso. Mas eu vi, porque além de ter Brad Pitt e Bruce Willis (adorooo!) é dirigido pelo Terry Gilliam, e com Monty Phyton não se brinca. Assim ó.. a história é fantástica (carinhosamente apelidei de De Volta Para o Futuro para adultos), atuações muito boas, reviravoltas a todo e qualquer momento, conflitos de realidade x insanidade e violêmcia gratuita. Nem sei mais o que dizer! Melhor filme do post! Tô empolgada! Ahhhhh! *surtando e terminando o post*

Gripe A, Plano B

16 de August de 2009

Pois é, eu sabia que ia pegar a tal gripe. E peguei. Aqui no Rio Grande do Sul a coisa parecia estar mais “descontrolada” e como a mídia não ajuda muito, óbvio que todo mundo corre pros hospitais, lotam e acabam alastrando ainda mais a gripe.

Eu comecei a passar mal numa quinta-feira. Sabia que ia ficar gripada ou com febre, porque senti minha respiração quente e mal estar. Aí a partir da tarde, comecei realmente a ter febre. Além disso, tinha muita tosse (seca e contínua), calafrios o tempo todo e nada de nariz entupido, como em gripes normais. No outro dia, febres de 39º, o máximo que chegou foi 39,5º.

Para cada pico de febre, eu tomei ora um dôrico, ora um AS. Passadas as 4 horas de efeito, a febre voltava a subir, e eu voltava a tomar um dos dois. Simplesmente não conseguia ficar fora da cama, de tanto frio e dor no corpo. Domingo eu comecei a melhorar e segunda-feira foi meu último dia sem febre.

As dicas que eu posso dar são:

– Não corra para nenhum posto de saúde se você não pertencer a um grupo de risco;
– Tome muita, muita água;
– Fique descansando, mas não o tempo todo deitado;
– Quando tomar remédio pra baixar a febre, não fique com as roupas suadas, troque sempre que possível;
– Continue se alimentando bem;
– Não deixe que a febre suba muito, assim que estiver perto de 39º já tome alguma medicação;
– Antigripal não adianta, tem que ser antitérmico mesmo.

Se você não tem nenhum agravante (gravidez, problemas respiratórios, asma, etc), é só descansar, medicar e continuar comendo direitinho. Eu tomei muito suco de laranja e própolis por causa da tosse, fiquei vendo toda a programação da Globo (e agora eu gosto das novelas, merda), No Limite, joguei Wii e dormi bastante. Foram 5 longos dias, parecia semanas, mas agora tá tudo bem de novo!

Tá, eu sei.. esse post não é engraçado. Mas o que eu posso fazer se não me diverti muito durante a gripe suína? Desculpa, né. Não usei máscara de porquinho nem aquela dos dentes podres, não podia lavar o cabelo (fiquei Carlinhos Brown depois de três dias deitada) e descobri que é impossível jogar Resident Evil no Wii. Impossível! O primeiro zoombie que eu encontrei me matou, mesmo depois de alguns tiros. Impossível.

Bom, era isso! Logo volto com Sessão Pipoca e posts bons de novo! *-*

Irmãos que a gente escolhe

3 de August de 2009

Às vezes eu até esqueço, mas faz parte do meu perfil: sou filha única. Desde pequena, nunca respondi sim ou fiquei intrigada com aquela clássica pergunta de vizinha mala “não quer um irmãozinho?”. Brinquei sozinha com meus vários brinquedos. Me trancava no quarto e me perdia na imaginação de uma mente que de solitária passou a ser criativa, inventando personagens, histórias, músicas e até mágicas. Chegava a me irritar se alguma amiguinha se passava no horário aqui em casa. Ao entrar no colégio, me senti muito mal por ter que sociabilizar com outras crianças que não pensavam como eu. Elas não acreditavam em bruxas, e tinham a malandragem que me faltava. De todas aquelas que entraram no colégio comigo, algumas poucas também saíram. Como amigos, como irmãos. Irmãos que eu escolhi, que passaram por todos os momentos da minha vida. Com quem briguei, com quem chorei, com quem errei junto, com quem dei as maiores risadas da minha vida. Daquelas de doer a cabeça mesmo. Irmãos que conhecem meus pais, que visitam minha casa sem bater, que não esqueceram nenhum dos meus 17 aniversários que passamos juntos. Irmãos a quem eu devo os melhores anos da minha vida. E o melhor, sem nunca ter precisado dividir a mesada.

O que eu aprendi com a PUC

31 de July de 2009

Hoje eu fui fazer o requerimento pra trancar a matrícula de Jornalismo na PUC para o próximo semestre. Pois é, oficialmente, estou deixando de ser uma estudante, de uma vez por todas. Pra quem não lembra ou não sabe, há um ano eu entrei em crise de formada desempregada sem futuro promissor e achei que talvez meu caminho não era seguir pela Publicidade. Como sempre gostei de escrever e fui reconhecida por isso, pensei que Jornalismo seria uma boa opção, tanto pela possibilidade de encontrar uma nova aptidão, quanto poder novamente ir em busca de um bom estágio.

Acontece que as coisas não foram tão bem assim. No primeiro semestre, fiz matérias até legais, porém me decepcionei muito com a estrutura da faculdade. Depois de ter estudado na ESPM, a PUC não era nada. Desde a falta de ar condicionado até as portas do banheiro pintadas de um azul breguíssimo, tudo me incomodava. Fora o ambiente frio e distante, que não fazia eu me sentir bem-vinda. PUC, definitivamente, você não é uma boa anfitriã.

Ter pego o bonde andando também não ajudou. Na primeira aula de redação, tive que procurar o que era lead e cartola no Google, senão não ia conseguir terminar a primeira matéria. Paguei alguns micos básicos por ser uma alma perdida. Fui pra aula com a turma errada, perdi uma moeda de 25 centavos na passarela do ônibus e não tinha mais como voltar pra casa, tive um ataque de pânico e me agarrei num guri que era bixo de Direito, e ainda mandei e-mail pro professor dizendo que minhas expectativas pra aula dele eram zero.

Tudo teria sido um pé no saco, mas apesar de tudo esse um ano me ensinou muita coisa. Tive que ir atrás de um monte de coisas por minha conta e talvez tenha aprendido bastante a deixar a timidez de lado e simplesmente perguntar, bancando a boba-espontânea. Às vezes é preciso, e já que ninguém me conhecia mesmo, tava cagando e andando. Além disso, aprendi a pegar ônibus. *Aqui fica um espaço para vocês rirem, se surpreenderem e reagirem ao meu estado de superproteção durante toda a infância e adolescência.* Nunca tinha pego ônibus sozinha, e achei bem interessante. Descobri que no mundo ainda existem pessoas legais, e elas seguram suas coisas quando você não consegue lugar pra sentar. Descobri também que muitos desodorantes vencem rápido, mas não consegui adivinhar as marcas. Também descobri que muitas pessoas vão ficar surdas antes dos 30 anos, pelo volume do mp3 player. E que talvez as pessoas que sentam ao lado delas também.

Fora isso, aprendi que dois professores dando a mesma aula são pra equivaler a um bom. Aprendi também que se eu não usasse all star em cerca de um ano, ia continuar sozinha nos intervalos. Aprendi que existem meninas muito legais que também estavam meio perdidas lá na PUC, e que jornalistas geralmente tem bom gosto musical. E, principalmente, aprendi que não importa o que aconteça, toda a faculdade que eu entrar vai perder o diploma uns meses depois.

Hoje eu sou gente que faz, sou devota de Padre Herson Capri, sou muito mais eu mesma sem vergonha e sou de novo desempregada que dorme até as 14h, mas assim… tô sentindo cheiro de futuro promissor por aí, hein? Veremos.

Bye, bye, PUC.

Ps: aos paraquedistas que aterrizaram neste blog agora, eu sou formada há dois anos em Publicidade e Propaganda pela ESPM e fazia Jornalismo como segunda faculdade.